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Atualidades
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Legítima defesa ou despreparo? Entenda a ação que terminou na morte de jovem esquizofrênico

Influenciador afirma que policiais prestaram um “desfavor à polícia”. Justiça diz que os agentes agiram em legítima defesa.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
17/11/2025 13:23
Divulgação

A Polícia Civil e a Corregedoria da Brigada Militar concluíram que os policiais militares que mataram Herick Cristian da Silva Vargas, 29 anos, agiram em legítima defesa.

O jovem, diagnosticado com esquizofrenia, estava em surto quando foi baleado em 15 de setembro de 2025, no bairro Parque Santa Fé, em Porto Alegre.

As duas investigações apontam que houve tentativas de diálogo, uso de arma de choque e, depois, quatro disparos de arma de fogo.

Com a decisão, os policiais não serão indiciados e podem voltar ao trabalho. O caso segue para análise da Justiça e do Ministério Público.

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O que mostram as imagens das câmeras corporais?

Vídeos registraram toda a ação. Os policiais conversam na viatura e, ao chegar na casa, encontram Herick sentado no chão ao lado da mãe. Eles pedem que ele permaneça sentado.

O jovem se levanta, pergunta sobre a arma e diz: “atira em mim, atira em mim”. Ele é atingido por uma descarga de TASER e cai.

A mãe e a tia tentam segurá-lo, mas são orientadas a se afastar. Logo depois, ocorrem os disparos.

Após os tiros, a mãe afirma:

“A gente chamou vocês para ajudar, não pra matar meu filho”.

O SAMU chegou poucos minutos depois, mas Herick morreu no local.

O que dizem a Brigada Militar e a Polícia Civil?

A Brigada Militar informou que foi a própria mãe quem acionou a polícia, relatando agressividade após uso de cocaína. A ocorrência seria de violência doméstica.

De acordo com a corporação, o laudo toxicológico apontou concentração extremamente alta de cocaína, somada à crise de esquizofrenia. Para a BM, esse conjunto levou a um episódio de “intenso descontrole”.

A nota afirma que os policiais seguiram os protocolos:

  • conversa inicial
  • uso de TASER
  • uso de arma de fogo diante de risco iminente
  • registros por câmeras corporais (COPs)

A Polícia Civil chegou ao mesmo entendimento. No relatório, afirma que os agentes observaram “os protocolos de uso diferenciado e progressivo da força”. O inquérito foi enviado à Justiça e está sob sigilo.

A mãe de Herick, técnica de enfermagem, afirmou que buscava ajuda médica, não uma intervenção letal. Ela diz ter segurado o filho após os disparos e percebido que ele já não apresentava sinais vitais.

Um policial militar ficou ferido durante a ação.

Nas redes sociais, o caso também gerou manifestações. No X, o comunicador Lázaro Rosa classificou a operação como “um absurdo”.

Já o influenciador Firmino Cortada afirmou que a ação representou “um desfavor para a polícia”.

“Querido, tem gente querendo tirar a arma de polícia, que polícia vai em operação com pedra. Pra quê? Pra quê que você vai prestar esse desfavor pra polícia?”

Esquizofrenia atinge milhões e pesa sobre a família

A esquizofrenia é uma doença crônica que afeta quase 2 milhões de brasileiros. Não tem cura, mas tem tratamento. As crises são imprevisíveis e exigem monitoramento constante.

Um levantamento citado pelo SBT mostra como a condição impacta as famílias:

  • mais de 90% dos cuidadores deixam atividades diárias;
  • quase metade abandona o emprego;
  • muitos passam anos até chegar a um diagnóstico preciso;
  • a doença costuma surgir no fim da adolescência.

Especialistas explicam que o tratamento contínuo com medicação e psicoterapia reduz o número de crises. Quando isso falha, as crises podem colocar o paciente e outras pessoas em risco.

O caso de Herick evidencia esse cenário. A família relatou que ele estava em surto e precisava de atendimento especializado.

A Brigada Militar afirma lamentou o episódio e reforça o compromisso com a segurança pública.

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