This is some text inside of a div block.
3
min de leitura

Heading

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Por
This is some text inside of a div block.
Publicado em
This is some text inside of a div block.
This is some text inside of a div block.
Atualidades
3
min de leitura

Jesus Cristo não apareceu na França, afirma Vaticano

Santa Sé conclui que supostas visões de Dozulé “não são sobrenaturais” após décadas de controvérsia.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
14/11/2025 16:22
Reprodução

Desde os anos 1970, fiéis franceses visitam a chamada Colina de Jesus, onde acreditavam que Cristo teria aparecido.

No entanto, O Vaticano afirmou na última quarta-feira (12) que os avistamentos de Jesus Cristo em Dozulé, uma pequena cidade da França, não são reais.

A decisão, aprovada pelo papa Leão XIV e publicada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, uma espécie de secretaria de governo do Vaticano responsável pela doutrina católica. Ela encerra oficialmente mais de cinco décadas de controvérsias, peregrinações e interpretações teológicas em torno do caso.

Como eram as supostas aparições de Jesus na França?

Entre 1972 e 1978, a francesa Madeleine Aumont, mãe católica da região, afirmou ter visto Jesus 49 vezes.

Ela afirmava que Cristo teria transmitido mensagens espirituais e pedido a construção de uma cruz luminosa de 7,38 metros em uma colina próxima à cidade.

A estrutura simbolizaria redenção e marcaria um sinal para a segunda vinda de Jesus.

As declarações rapidamente circularam entre grupos católicos, gerando orações no local, pequenas peregrinações e uma devoção espontânea que se espalhou pelo país.

A colina passou a ser chamada por fiéis de “Colina da Cruz Gloriosa”.

A posição oficial do Vaticano

Após uma nova análise solicitada pela diocese local, o Dicastério para a Doutrina da Fé concluiu que o fenômeno “não possui origem divina autêntica”. O documento, chamado A única cruz da salvação, autoriza a publicação de um decreto definitivo:

“O fenômeno das supostas aparições ocorridas em Dozulé deve ser considerado, de forma definitiva, como não sobrenatural, com todas as consequências desta determinação.”

O texto também critica alguns elementos teológicos presentes nas mensagens de Aumont:

  • a associação física da cruz de Dozulé com a cruz de Jerusalém;
  • previsões milenaristas, como a afirmação de que o mundo acabaria antes do ano 2000, algo que “claramente não se cumpriu”.

O Vaticano reforçou ainda que nenhuma revelação privada pode criar novas doutrinas, substituir meios de graça estabelecidos por Cristo ou estabelecer datas e sinais específicos sobre o fim dos tempos.

“A Cruz não precisa de aço ou concreto”

Em sua instrução, o Vaticano destacou a importância de separar devoção pessoal de fenômenos supostamente sobrenaturais:

“A Cruz não precisa de 7,38 metros de aço ou concreto para ser reconhecida: ela é erguida toda vez que um coração, movido pela graça, se abre para o perdão.”

O documento também adverte autoridades locais e fiéis sobre o risco de usar supostas aparições para ganho financeiro ou para criar práticas religiosas paralelas sem respaldo da Igreja.

O processo da Igreja para avaliar aparições

A Igreja Católica mantém normas históricas e detalhadas para analisar fenômenos sobrenaturais.

Aparições aprovadas costumam envolver longas investigações, análises teológicas, psiquiátricas e históricas. 

Para isso, a Igreja Católica criou o documento Normas para proceder no discernimento de presumidos fenômenos sobrenaturais, que estabelece regras e diretrizes para avaliar a autenticidade de supostas aparições.

Entre as aparições oficialmente reconhecidas estão:

  • Nossa Senhora de fátima, em Portugal (1917)
  • As visões de Jesus à Irmã Faustina Kowalska, na Polônia (década de 1930)

Dozulé agora entra na categoria oposta: fenômenos não sobrenaturais, mas ainda permitidos como expressão de devoção privada, sem status oficial na Igreja.

O que aconteceu com a verdadeira Cruz de Cristo?

De acordo com a tradição cristã, a cruz onde Jesus foi crucificado foi encontrada no século IV pela imperatriz Helena, mãe do imperador Constantino.

Helena viajou a Jerusalém e, segundo relatos antigos, identificou a cruz original entre outras três usadas em execuções romanas.

Onde ela está hoje?

A cruz não permaneceu inteira. A partir do século IV, pequenos fragmentos foram distribuídos para igrejas de várias partes do mundo como relíquias. Isso era comum na época e tinha o objetivo de fortalecer a fé cristã em regiões recém-convertidas.

Hoje, os fragmentos atribuídos à Cruz de Cristo estão em:

  • Jerusalém;
  • Roma;
  • Brasil (como na catedral metropolitana do Rio de Janeiro);
  • Constantinopla (Istambul histórica);
  • França;
  • Espanha;
  • Alemanha;
  • Outros países da Europa e do Oriente Médio.

A maior parte dessas relíquias está preservada em relicários de igrejas históricas.

O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membros

Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa. 

Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos. 

Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo. 

Clique aqui.

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais