Na manhã desta quinta-feira (7), senadores da oposição reuniram as 41 assinaturas necessárias para iniciar de modo formal o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
O número representa maioria simples no Senado e sinaliza que a iniciativa vem ganhando respaldo na Casa.
Quarenta e um senadores é o mínimo necessário para que o pedido alcance a admissibilidade.
Essa é a primeira etapa formal do processo de impeachment, em que o Senado decide se a denúncia tem fundamentos mínimos para prosseguir. Ou seja, é nessa fase que se avalia se a acusação é séria, consistente e se respeita os critérios legais.
Embora qualquer cidadão possa apresentar a denúncia, ela só avança se existir vontade política no Senado. E é aí que entram os 41 senadores:
Sem isso, o impeachment “morre na largada”.
A partir de agora, o processo ocorrerá da seguinte forma:
Segundo a Constituição, a prerrogativa de acolher o pedido é exclusiva de Alcolumbre. Isso significa que ele não é obrigado a pautar o processo de impeachment.
Há várias especulações sobre como o presidente do Senado procederá. No entanto, governistas afirmam que não existe possibilidade de o pedido ser analisado.
Segundo senador Cid Gomes (PSB-CE), Alcolumbre enfatizou, em reunião com lideranças partidárias, que "não há hipótese" de levar o pedido a voto.
Já o senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou na manhã de hoje que Alcolumbre não pautaria o projeto ainda que existam 80 assinaturas.
Para os senadores que assinaram o pedido, a questão é essencial para que o Senado restabeleça suas funções constitucionais.
Para Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição:
"O Senado, na sua maioria, entendeu que há necessidade de abertura desse processo. É uma vitória institucional".
Na mesma linha, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que o país vive um “momento histórico”.
A base governista, que mantém maioria no Senado, tenta conter o avanço da proposta. Mesmo com 41 assinaturas, a disputa pelos 13 votos remanescentes para atingir os dois terços necessários na etapa decisiva, se torna ainda mais acirrada.
O pedido de impeachment contra um ministro do STF nunca teve prosseguimento, em 134 anos de história do STF.
Cabe agora acompanhar se o Senado dará andamento ao pleito apresentado pela oposição ou se manterá a postura adotada em sua relação com o Supremo Tribunal Federal ao longo da história.
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