O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (21) que irá revisar os documentos dos 55 milhões de estrangeiros com vistos válidos.
A medida, divulgada pelo Departamento de Estado, prevê uma “verificação contínua” que poderá levar ao cancelamento do visto e àaté a deportação em casos de irregularidades.
Segundo o comunicado, a checagem inclui histórico criminal, registros migratórios, vínculos com atividades ilegais e até publicações em redes sociais.
Estrangeiros que ultrapassaram o tempo de permanência autorizado, cometeram crimes ou representem risco à segurança poderão perder imediatamente o direito de permanecer no país.
“Como parte do compromisso do governo Trump de proteger a segurança nacional e pública dos EUA, desde o dia da posse, o Departamento de Estado revogou mais que o dobro de vistos, incluindo quase quatro vezes mais vistos de estudante, do que no mesmo período do ano passado”, afirmou o Departamento de Estado.
O anúncio ocorreu no mesmo dia em que o secretário de Estado, Marco Rubio, informou que o governo Trump suspendeu de imediato a emissão de vistos de trabalho para motoristas de caminhão comercial.
“O número crescente de motoristas estrangeiros operando grandes caminhões com reboque nas estradas dos EUA está colocando vidas americanas em risco e minando os meios de subsistência dos caminhoneiros americanos”.
A revisão faz parte da política de imigração do presidente Donald Trump. Desde que voltou à Casa Branca, em janeiro, o governo já revogou mais do que o dobro de vistos em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Em 2025, apenas entre estudantes estrangeiros, mais de 6 mil documentos foram cancelados, com justificativas que vão desde agressões até a direção sob efeito de álcool ou drogas. Desses casos, cerca de 300 estiveram relacionados a suspeitas de apoio a organizações terroristas.
O cerco à imigração também se reflete na infraestrutura. O governo já iniciou a construção de novos centros de detenção, especialmente na Flórida, enquanto bases militares, como Fort Bliss, no Texas, estão sendo adaptadas para abrigar até 5 mil pessoas.
Na última semana, o Pentágono convocou civis de seu quadro para atuar como voluntários em apoio às deportações. Os funcionários, que não poderão escolher o local de destino, devem desempenhar funções de logística, processamento e transporte de imigrantes.
As vagas oferecem salários que variam entre US$ 25 mil, cerca de R$ 137 mil, e US$ 190 mil por ano, algo em todno de R$1,04 milhão.
A decisão do governo Trump de revisar todos os 55 milhões de vistos vai além da questão burocrática.
É um recado de que a imigração voltou ao centro da política americana. O país mostra que está disposto a usar todos os instrumentos, da checagem digital às forças do Pentágono, para reforçar seu controle de fronteiras.
Para os milhões de estrangeiros que vivem nos EUA, o aviso é direto: qualquer deslize pode custar o direito de permanecer no país.
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