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Em uma decisão sem precedentes, os Estados Unidos votaram ao lado da Rússia contra uma resolução da Assembleia Geral da ONU que condenava a agressão russa na Ucrânia. O evento ocorreu na segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025, marcando o terceiro aniversário da invasão.
A resolução, proposta pela Ucrânia e apoiada por países europeus, pedia o fim das hostilidades, a retirada imediata das forças russas e reafirmava a soberania e integridade territorial ucraniana.
Apesar de aprovada com 93 votos a favor, o posicionamento americano, junto com Rússia e outros 16 países, como Belarus, Coreia do Norte e Hungria, representou uma ruptura significativa com a política externa tradicional dos EUA, que historicamente apoiou a Ucrânia contra a agressão russa.
A decisão gerou surpresa e críticas entre aliados ocidentais, especialmente na Europa. A embaixadora britânica na ONU, Barbara Woodward, declarou:
"Os termos da paz devem enviar uma mensagem de que a agressão não compensa. Não pode haver equivalência entre Rússia e Ucrânia na forma como este conselho se refere à guerra."
Já o embaixador francês, Nicolas de Riviere, enfatizou:
"Precisamos de uma paz justa e duradoura, e não de um acordo que signifique a capitulação da vítima."
Ambos os países, membros permanentes do Conselho de Segurança, se abstiveram em uma votação subsequente sobre uma proposta americana, evidenciando um racha transatlântico.
(Painel dos votos de cada país)
A representante interina dos EUA na ONU, Dorothy Shea, defendeu a posição americana ao argumentar que resoluções anteriores condenando a Rússia "falharam em parar a guerra", que já dura "tempo demais e a um custo terrível para os povos da Ucrânia, da Rússia e além".
Ela justificou o voto contra a resolução ucraniana ao propor uma alternativa americana, mais neutra, que evitava culpar diretamente a Rússia e focava em "um fim rápido do conflito".
"Precisamos de uma resolução que marque o compromisso de todos os Estados-membros da ONU em trazer um fim duradouro à guerra."
A declaração sinaliza a intenção da administração Trump de buscar negociações diretas com Moscou.
O presidente Donald Trump, que assumiu o cargo em janeiro de 2025, parece guiar essa mudança de postura. Questionado por jornalistas sobre o voto, ele disse:
"Prefiro não explicar agora, mas acho que é meio óbvio."
A abordagem reflete sua promessa de campanha de reaproximar os EUA da Rússia e encerrar o conflito, mesmo que isso signifique divergências com aliados tradicionais.
O embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzya, elogiou a iniciativa americana como "um passo na direção certa" e "um produto voltado para o futuro", embora tenha rejeitado a versão final de uma proposta dos EUA no Conselho de Segurança por ainda conter elementos "anti-russos".
A resolução ucraniana, apesar do apoio majoritário, teve menos votos favoráveis (93) do que condenações anteriores, que chegaram a mais de 140, indicando uma possível erosão no suporte global à Ucrânia.
A vice-ministra de Relações Exteriores da Ucrânia, Mariana Betsa, alertou:
"A forma como respondemos à agressão russa definirá não apenas o futuro da Ucrânia e da Europa, mas o futuro comum do mundo democrático e da própria ONU."
Para Kyiv, o voto americano foi um "choque desagradável", segundo um oficial ucraniano, que destacou a pressão dos EUA para que a Ucrânia retirasse sua proposta, uma demanda rejeitada.
Esse episódio expõe tensões crescentes entre os EUA e seus aliados europeus, com implicações que vão além do conflito na Ucrânia, sugerindo uma reconfiguração nas alianças globais sob a nova liderança americana.
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