This is some text inside of a div block.
3
min de leitura

Heading

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Por
This is some text inside of a div block.
Publicado em
This is some text inside of a div block.
This is some text inside of a div block.
Política
3
min de leitura

Entenda o que é a anistia para os condenados de 8 de janeiro e como está o projeto na Câmara

A reunião marcada para analisar a proposta de anistia foi adiada após pressão de parlamentares da base governista.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
11/9/2024 12:21
Marcelo CAmargo/Agência Câmara

Um tema defendido durante as manifestações de 7 de setembro, na Avenida Paulista, esteve no foco dos debates no Congresso Nacional nos últimos dias. A votação do chamado “PL da Anistia” voltou ao, após ser colocado em pauta na CCJ. A anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro é uma das pautas prioritárias do bloco de oposição ao atual governo federal. 

O que significa? 

  • Anistiar alguém é “apagar as penas” da pessoa e suas consequências. Esse benefício é concedido pelo Congresso Nacional e isenta o contemplado do cumprimento de quaisquer sanções estabelecidas por lei. 

No caso dos presos pelos atos de 8 de janeiro, o projeto de lei 2.858/2022, conhecido como PL da Anistia, já tramita no Congresso Nacional há cerca de dois anos. Ele é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos -SP) e um grupo de parlamentares aliados. 

O impedimento da votação na Câmara de Constituição e Justiça

A votação do projeto de lei que propõe a concessão de anistia aos presos pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 foi adiada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

O adiamento ocorreu na reunião do colegiado desta terça-feira, 10 de setembro, em meio a uma série estratégias adotadas  por parlamentares governistas para obstruí-las

Deputados da base governista apresentaram requerimentos para incluir na pauta duas propostas de emenda à Constituição e um projeto de lei adicional. Isso prolongou as discussões e impediu a análise do projeto de anistia, que foi remarcado para a pauta de hoje, 11 de setembro.

Essa manobra não é um caso isolado, mas parte de um esforço mais amplo para adiar a votação de propostas que poderiam beneficiar os envolvidos nos ataques de janeiro. A presidente da CCJ, Caroline De Toni (PL-SC), encerrou a sessão às 17h28, devido ao início da ordem do dia, quando os deputados precisam votar as matérias da pauta da Casa no Plenário Ulysses Guimarães.

Ataque à democracia X Reparação de penas desproporcionais

 O projeto concede anistia a todos os presos por envolvimento nos ataques aos Poderes em 8 de janeiro. As punições incluem aqueles que prestaram apoio logístico, fizeram doações ou se manifestaram nas redes sociais. 

O relator do projeto  argumenta que os atos foram motivados por um sentimento de injustiça após as eleições de 2022. Rodrigo Valadares (União-SE) acredita que a anistia seria um passo necessário para "reparar penas desproporcionais".

“Hoje poderia ter sido um dia histórico para a justiça e a reconciliação nacional, mas, infelizmente, a esquerda preferiu obstruir o andamento da pauta. O que vimos no 8 de janeiro foram atos que, sim, tiveram vandalismo, mas em nada se assemelham a um golpe de Estado. Precisamos da anistia para reparar essas penas desproporcionais e evitar que o sistema judicial seja usado para vingança política”, disse Valadares.

Na contramão do relator, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) criticou o andamento da proposta e afirmou que “negar a própria realidade é prática diária da extrema direita golpista que não respeita o povo brasileiro”.

“Todo Brasil viu a democracia sendo brutalmente atacada no dia 08 de janeiro”, complementou a petista.

Além disso, o projeto prevê mecanismos para assegurar que pessoas sem foro privilegiado sejam julgadas na mesma instância que aquelas com foro. O objetivo é igualar as condições de julgamento de todos os envolvidos. Por outro lado, a obstrução da votação reflete a crescente tensão entre os grupos políticos. O PP e o PL, por exemplo, promoveram mudanças estratégicas nos titulares da CCJ, substituindo moderados por membros mais alinhados com a base bolsonarista. Essas mudanças foram vistas como uma tentativa de influenciar a votação e evitar a aprovação prematura do projeto de anistia.

O adiamento também reflete a estratégia da oposição de pressionar o governo em um momento de fragilidade política. Um grupo de parlamentares está utilizando  o projeto de anistia como uma espécie de “moeda de troca” política.  Assim, associam o sucesso da proposta à votação para o futuro presidente da Câmara e votações para os candidatos à presidência da Casa. 

Enquanto a discussão prossegue, a perspectiva de uma resolução rápida sobre a situação dos condenados pelos atos de 8 de janeiro parece incerta. Esse panorama  reflete as profundas divisões e disputas intensas que dominam a política brasileira neste momento.

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais