Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.
Dos MAVs ao Gabinete da Ousadia: como ocorrem as tentativas de usar a internet para manipular a opinião pública
As tentativas de utilizar a internet para controlar o debate virtual, perseguir e censurar opositores teriam começado muito antes do "Gabinete da Ousadia".
Nas últimas semanas, uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo investigou a existência de uma poderosa "milícia digital". Tais grupos utilizariam canais e influenciadores governistas para tentar pautar o debate público e organizar ataques coordenados a opositores e veículos de mídia.
De acordo com a reportagem, funcionários da Secretaria de Comunicação Social (Secom), órgão da Presidência da República que deveria ser utilizado de forma oficial e apartidária, participariam das reuniões destinadas a direcionar as milícias digitais.
A articulação, que vinha sendo organizada desde antes da eleição de 2022, era realizada por meio de um grupo do WhatsApp chamado "Gabinete da Ousadia".
O nome escolhido para o canal de comunicação faria uma referência a um suposto grupo similar organizado por Bolsonaro, que foi apelidado por alguns veículos de mídia de "Gabinete do Ódio".
O deputado e comentarista no programa Cartas na Mesa, Luiz Philippe de Orleans e Bragança, afirmou na edição desta semana que a estratégia da esquerda não é nova:
"A esquerda, de fato, age de uma maneira bem tradicional, lembrando que eles tinham os MAVs há 10 anos atrás e não mudou a sua estratégia. Agora têm um gabinete bem nítido, que está vinculado ao Ministério das Comunicações."
A Militância em Ambiente Virtual, denominada pela abreviação MAVs, ficou conhecida pela mídia como guerrilhas virtuais, criadas pelo governo petista para combater e perseguir opositores nas redes sociais.
Veículos de mídia de grande credibilidade, como Folha de São Paulo e Veja afirmam que o projeto foi elaborado em fevereiro de 2010, durante o 4º Congresso Nacional do PT, que estipulou a criação de núcleos para formação de ativistas digitais ao redor do país.
O partido também determinou a criação de um "guia do tuiteiro petista", livro cuja intenção era profissionalizar os militantes para que atuassem de modo mais eficiente em espaços virtuais.
O mesmo congresso partidário em que ocorreu a criação dos MAVs também foi marcado pela realização de discursos apaixonados pela defesa da regulamentação da mídia.
O cientista político e comentarista do programa Cartas na Mesa, Christian Lohbauer, afirmou olhar para as redes sociais com otimismo, apesar da possibilidade de utilização das mesmas por governos com o objetivo de controlar a população:
"Por mais que os Estados tentem controlar a informação e fazer esse jogo duplo de gabinete da ousadia, investindo muitos recursos nisso, o lado, vamos dizer assim, livre, tem capacidade de reação."
As redes sociais ainda oferecem espaço para a liberdade de expressão.. No entanto, há um interesse profundo em torná-las ferramentas de manipulação da opinião pública e censura.