O Dalai Lama confirmou nesta quarta-feira (2) que terá um sucessor para dar continuidade ao seu papel de liderança espiritual para os tibetanos.
Na crença budista, ele é uma alma que reencarna há mais de 600 anos para liderar a nação.
A busca por um sucessor começa apenas após um período de luto pela morte do titular.
Figuras religiosas de alto escalão formam um comitê que buscam uma série de pistas míticas.
A procura começa com a interpretação de sinais deixados pela encarnação anterior antes de morrer, como a direção da fumaça de sua cremação ou para onde olhava ao morrer.
Outro método comum é os religiosos se dirigirem a um lago sagrado no Tibete, Lhamo Lhatso, e meditarem até terem uma visão clara de onde procurar o sucessor.
Munida dessas pistas, uma equipe é enviada à procura de crianças "especiais" nascidas no primeiro ano após a morte do Dalai Lama.
Uma vez encontrados os candidatos, eles são submetidos a uma série de testes para confirmar sua identidade.
Um método chave é mostrar itens que pertenceram à encarnação anterior misturados com objetos comuns.
A criança deve identificar os itens corretos. O próprio 14º Dalai Lama foi descoberto aos dois anos em um pequeno vilarejo após reconhecer e identificar corretamente os pertences do antecessor.
Uma vez escolhida, a criança é levada para um monastério, onde passará a viver sob uma rígida rotina de estudos.
A formação dura vários anos e chega ao fim com uma cerimônia na qual ela é confirmada como líder espiritual.
Após uma série de rituais com monges e autoridades religiosas, o novo Dalai Lama recebe suas vestes tradicionais e se senta no trono de chefe espiritual.
A reencarnação nem sempre é encontrada no Tibete; o quarto Dalai Lama foi encontrado na Mongólia, e o sexto, na Índia.
Próximo nascerá no “mundo livre”
O Dalai Lama atual chegou a comentar que seu sucessor deve vir do “mundo livre” e não da China, controlada pelo Partido Comunista.
O governo chinês invadiu o Tibete em 1950 e considera o Dalai Lama um "separatista perigoso", afirma que tem o direito de escolher seu sucessor.
O objetivo de Pequim é nomear um novo Dalai Lama que seja alinhado aos seus interesses, para assim consolidar seu controle sobre o Tibete.
Os tibetanos temem que a China repita o que fez em 1995.
Naquele ano, o governo chinês sequestrou um menino de 6 anos que o Dalai Lama havia acabado de designar como o Panchen Lama, a segunda figura religiosa mais importante do Tibete.
Em seu lugar, Pequim nomeou seu próprio candidato, que é rejeitado pelos tibetanos como o "falso Panchen".
A vice-presidente do parlamento tibetano, Dolma Tsering Teykhang, afirmou que a “China está tentando se apropriar desta instituição para seus fins políticos".
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