Nas margens do rio Ipiranga, o príncipe Pedro decidiu tirar o país da condição de Reino Unido a Portugal e formar uma nova nação. A data passou então a ser um marco histórico, cujo centenário e sesquicentenário (150 anos) foram celebrados com pompas.
Diferente de 1922 e 1972, as celebrações dos 200 anos foram tímidas. A seguir, veja uma comparação das festas.
Nas margens do rio Ipiranga, o príncipe Pedro decidiu tirar o país da condição de Reino Unido a Portugal e formar uma nova nação. A data passou então a ser um marco histórico, cujo centenário e sesquicentenário (150 anos) foram celebrados com pompas.
Diferente de 1922 e 1972, as celebrações dos 200 anos foram tímidas. A seguir, veja uma comparação das festas.
As comemorações do centenário começaram a ser planejadas dois anos antes, em 1920. Dentre os atos comemorativos estava o planejamento da Exposição Nacional de Comércio e Indústria. Tratava-se de uma iniciativa para que comerciantes estrangeiros pudessem construir locais para expor seus produtos. A ideia era aumentar as relações comerciais do país e mostrar ao mundo o quanto o Brasil progrediu em 100 anos.
Para isso, foi demolido o Morro do Castelo, no centro do Rio de Janeiro. A decisão gerou protestos, uma vez que o local era um dos marcos da fundação da cidade. Ali, cada país construiu sua sede, chamada na época de pavilhões. A exposição durou quase um ano. Posteriormente, os prédios ficaram para a União.
Quatro deles ainda estão de pé:
ABL- Divulgação
Na inauguração, foi feita a primeira transmissão de rádio do país. O então presidente, Epitácio Pessoa, foi responsável pelo primeiro discurso radiofônico do Brasil. Um marco dessa comemoração foi a benfeitoria permanente para a cidade do Rio de Janeiro, na época capital federal.
Eventos cívicos, encontros nacionais. Assim foram festejados os cento e cinquenta anos do nascimento do Brasil enquanto nação. Na época, o país vivia a Ditadura Militar, sob a administração de Emílio Garrastazu Médici.
Um dos atos mais significativos foi o traslado do corpo de Dom Pedro I para o Brasil. Morto após uma guerra contra seu irmão Miguel, até então os restos mortais do imperador jaziam no Panteão Nacional de Portugal, que fica dentro da igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa. Seu coração, porém, permaneceu na cidade do Porto, de onde só saiu para as comemorações do bicentenário da independência, em 2022.
Na ocasião, o caixão foi trazido de navio e levado para todas as capitais brasileiras. Em cada uma delas aconteceram desfiles militares e honrarias. No dia 7 de setembro, 150 anos depois de gritar “independência ou morte”, Pedro de Alcântara foi sepultado na cripta imperial, que fica abaixo do monumento do Ipiranga, em São Paulo.
(Imagem: Correio da Manhã/Biblioteca Nacional Digital)
Há quase 2 anos, foi comemorado o aniversário de 200 anos da independência brasileira. Os primeiros 7 minutos do dia da pátria foram marcados por fogos de artifício e show de luzes na torre de TV de Brasília.
Também foi realizada uma exposição audiovisual sobre a diplomacia brasileira. Na época, o então chefe de gabinete do Ministro das Relações Exteriores, Achiles Zaluar, declarou:
“A história do Brasil, a construção brasileira, a construção das fronteiras, veio muito pela diplomacia. Tanto o reconhecimento da independência, quanto a delimitação das fronteiras, que é um trabalho do Barão do Rio Branco e de outros. Temos muito orgulho desse patrimônio que vem de várias gerações, e vontade de compartilhar”.
Outra cerimônia foi o traslado do coração de Dom Pedro I ao Brasil. A urna foi recebida em Brasília no dia 23 de agosto de 2022 com honras militares. A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que essa foi a primeira vez em 187 anos que a relíquia deixou Portugal. O então comandante do exército brasileiro disse na ocasião:
“Hoje, regressa ao solo pátrio, pelas Asas da Força Aérea, o coração deste herói nacional, primeiro imperador do Brasil, chamado de ‘O libertador’. Esse legítimo ícone da Independência Brasileira foi um governante muito à frente do seu tempo. Um líder visionário e destemido, que atuou em prol dos interesses do Brasil”
Reprodução - Youtube
Apesar de significativa, a cerimônia da chegada da relíquia gerou debate.
Para a historiadora Cláudia Wasserman, o ato agrediu o “espírito republicano. Em entrevista ao jornal “Brasil de Fato”, ela declarou:
“Ao trazer o coração de D. Pedro, afirma-se que o coração do Brasil está no exterior e não nas classes populares”.
Por outro lado, o coordenador do curso de História do colégio Etapa, Thomas Wisiak, acredita que foi uma forma de homenagear o imperador como a figura central do processo de independência.
Dada a importância da data, é possível parar para refletir que mudou muito em todos esses anos. Mas uma figura se manteve presente em todos eles, os militares.
Seja nos bastidores ou no palco, os militares marcam presença.
Qual a visão do povo sobre isso? A ação dos militares ao longo da história foi positiva ou negativa?
Vilões ou heróis?
Traidores ou salvadores da pátria?
É essa disputa de visões que será analisada na nova produção original da Brasil Paralelo: Amada e Ultrajada - o Exército na História do Brasil. Novo documentário da Brasil Paralelo que estreia no dia 22 de agosto.
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