Sanae Takaichi é a nova primeira-ministra do Japão. Eleita nesta terça-feira pelo Parlamento, ela se torna a primeira mulher a ocupar o cargo.
Sua chegada também indica o retorno do conservadorismo no comando do país. Aliada do ex-premiê Shinzo Abe e admiradora de Margaret Thatcher, Takaichi representa um fortalecimento da ala mais à direita do Partido Liberal Democrata (PLD).
Ela venceu a disputa pela liderança do partido no início de outubro, derrotando nomes tradicionais como Koizumi, Motegi e Hayashi.
A confirmação como premiê veio após o PLD fechar coalizão com o também conservador Partido da Inovação, o Ishin, superando a saída do antigo aliado Komeito.
A vitória foi confirmada com 237 votos na câmara baixa, formada por 465 parlamentares. Pouco depois, Takaichi também venceu a votação na câmara alta, de menor peso político.
Takaichi tem 64 anos, nascida na província de Nara, é filha de um trabalhador da indústria automotiva e de uma policial.
Antes de entrar para a política, ela fez estágio com um congressista democrata nos EUA e foi comentarista de TV. Ela também tocava bateria em uma banda de Heavy Metal e adorava andar de moto.
Foi eleita deputada pela primeira vez em 1993, aos 32 anos. Desde então, foi reeleita nove vezes e ocupou diversos cargos ministeriais, como:
Durante sua campanha para assumir a liderança do partido, Takaichi disse que planeja ser uma “dama de ferro”, em referência à britânica Margaret Thatcher.
A primeira-ministra do Reino Unido assumiu o poder em 1979, seu governo foi marcado pela defesa do conservadorismo, reforma econômica e a luta contra o comunismo.
Takaichi defende pautas familiares, como a norma que proíbe os casados de terem dois sobrenomes. A lei faz com que mais de 90% das mulheres das mulheres no país abrirem mão do sobrenome de solteira.
Em questões internacionais, ela defende uma postura mais forte do Japão, com discursos contra a China e defendendo uma revisão da Constituição japonesa para permitir forças armadas permanentes.
Desde o final da Segunda Guerra Mundial, a lei japonesa estabelece que o país pode conte apenas com Forças de Autodefesa.
No entanto, em questões econômicas ela defende uma posição parecida com a de Shinzo Abe, ex-primeiro-ministro assassinado em 2022.
Ele defendia um aumento nos gastos públicos para promover o crescimento econômico do país, uma estratégia que ficou conhecida como Abenomics.
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