Ao longo da história, a Virgem Maria foi representada de formas muito diferentes em diversas partes do mundo.
Embora Maria tenha sido uma mulher judia do Oriente Médio, sua imagem, assim como a de Jesus e de outros personagens bíblicos, muitas vezes refletiu os traços das culturas onde o cristianismo se enraizou.
Na Europa, onde a fé cristã se expandiu por séculos, essas figuras foram retratadas com feições europeias, de pele clara.
Mas em outras regiões do mundo, Maria passou a ser representada com os traços e cores das populações locais.
A seguir, conheça 10 representações da Virgem Maria ao redor do mundo.
Essa devoção surgiu nos anos 1950, quando a religiosa Irmã Mary Ephrem (Mildred Neuzil), dos Estados Unidos, afirmou ter recebido aparições da Virgem Maria.
Ela dizia que Maria se apresentava como "Nossa Senhora da América", pedindo pureza de coração, santidade na juventude e a consagração das famílias americanas.
As mensagens destacavam a necessidade de oração, castidade e renovação moral nos Estados Unidos. Maria aparecia vestida de branco, com uma auréola dourada e segurando um lírio, símbolo da pureza.
A imagem de Nossa Senhora da América permanece como expressão de fé para muitos fiéis católicos norte-americanos.
Nossa Senhora Aparecida (Brasil)
A devoção à Padroeira do Brasil começou em 1717, quando três pescadores encontraram no rio Paraíba do Sul, em São Paulo, a imagem quebrada de Nossa Senhora da Conceição primeiro o corpo e depois a cabeça.
Após o achado, os peixes apareceram em abundância, e outros milagres começaram a ser atribuídos à imagem.
Escurecida pela lama e pela devoção popular, Nossa Senhora Aparecida se tornou símbolo da fé do povo brasileiro. O papa João Paulo II consagrou sua Basílica em 1980, e em 1988 ela foi proclamada rainha e padroeira do Brasil.
Em 1973, na cidade de Akita, no norte do Japão, a freira Agnes Sasagawa relatou ter ouvido mensagens da Virgem Maria em sua capela.
A imagem da Virgem chorou 101 vezes, segundo testemunhas e investigações locais.
As mensagens alertavam sobre castigos divinos, incentivaram a oração do Rosário e a penitência, e foram consideradas semelhantes às de Fátima.
Em 1984, o bispo local reconheceu oficialmente o caráter sobrenatural dos acontecimentos.
Conhecida como "La Moreneta" por sua coloração escura, a imagem de Nossa Senhora de Montserrat é uma das mais antigas da Espanha.
Segundo a tradição, foi encontrada por pastores em uma caverna da montanha de Montserrat, na Catalunha, por volta do ano 880. Considerada milagrosa, logo atraiu muitos peregrinos.
Tornou-se a padroeira da Catalunha e símbolo de identidade regional e espiritual. A imagem atual é de madeira esculpida no século XII.
Em 1630, uma pequena imagem de terracota da Virgem da Imaculada Conceição foi levada da região de São Paulo até Buenos Aires. No caminho, ao passar por Luján, os bois que carregavam a carroça se recusaram a prosseguir.
Ao retirarem a imagem, os bois voltaram a andar, considerado um sinal divino de que Maria queria permanecer ali.
A imagem permaneceu em Luján, onde foi construída uma grande basílica. Desde então, tornou-se a padroeira da Argentina.
Também chamada de “Virgem Negra da Polônia”, sua imagem foi, segundo a tradição, pintada por São Lucas e levada à Polônia no século XIV.
Instalada no Mosteiro de Jasna Góra, em Częstochowa, tornou-se símbolo de resistência espiritual e nacional durante guerras e ocupações.
É famosa pelas marcas de dois cortes no rosto, feitos durante um ataque ao mosteiro. É um dos maiores centros de peregrinação da Europa Oriental.
Traduzido como “Salvação do Povo Romano”, esse título é dado a um dos ícones mais venerados da Virgem Maria em Roma, conservado na Basílica de Santa Maria Maior.
Foi invocada por gerações como protetora da cidade de Roma, especialmente em tempos de peste, guerras ou calamidades.
Durante séculos, papas e peregrinos visitaram o ícone para rezar e pedir proteção. O papa Francisco tinha o costume de ir pessoalmente até lá antes e depois de suas viagens apostólicas.
A Salus Populi Romani é símbolo de intercessão mariana e de consolo espiritual ao povo romano, sendo também uma das imagens mais emblemáticas da maternidade de Maria na história da Igreja.
Também chamada de Nossa Senhora da China, essa representação mostra Maria com feições orientais, vestida com roupas tradicionais chinesas e carregando o Menino Jesus no colo.
Foi promovida por missionários como forma de difundir o catolicismo no país. Em 1924, foi consagrada como padroeira da China pelos bispos chineses em Xangai.
A imagem tem forte apelo entre os católicos chineses, especialmente nas comunidades perseguidas.
Em 1531, a Virgem Maria teria aparecido ao indígena Juan Diego no monte Tepeyac, próximo à Cidade do México. Falando no idioma dos índios, pediu que ali fosse construída uma igreja.
Como sinal, deixou sua imagem impressa na tilma (manto) do vidente. Com traços mestiços e vestes simbólicas para a cultura asteca, Guadalupe uniu espiritualmente os povos nativos e colonos espanhóis.
É considerada a padroeira da América Latina e um dos maiores ícones marianos do mundo.
As aparições aconteceram entre 1981 e 1989, em uma escola de Kibeho, quando três jovens afirmaram ter visto a Virgem Maria.
Ela se apresentou como “Mãe do Verbo” e pedia oração, arrependimento e conversão. As mensagens incluíam visões de sofrimento e sangue, que mais tarde foram interpretadas como um prenúncio do genocídio que devastaria Ruanda em 1994.
Em 2001, a Igreja reconheceu oficialmente as aparições como autênticas.
Entre tantas expressões culturais de devoção mariana, uma figura se destacou por unir povos e reforçar esse vínculo simbólico: São João Paulo II.
Durante seu longo pontificado, ele visitou santuários marianos em todos os continentes, reconhecendo as representações locais da Virgem Maria.
O papa polonês cultivava uma devoção profunda a Maria especialmente sob o título de Nossa Senhora de Częstochowa, padroeira da sua terra natal.
Em suas viagens, também se aproximou de manifestações populares como Guadalupe, Aparecida e Kibeho, demonstrando que a figura da Mãe de Jesus transcende fronteiras, fala todas as línguas e assume o rosto de cada povo.
Entender a devoção de São João Paulo II é também compreender parte de seu impacto no século XX.
Para aprofundar essa história, a Brasil Paralelo lança sua primeira biografia original: O Papa que Venceu o Comunismo.
A live especial de estreia será exibida gratuitamente no dia 14 de agosto.
Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa.
Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos.
Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP