Especial de Natal 2025
LIBERE O BÔNUS ESPECIAL
00
D
00
H
00
M
00
S
December 15, 2025
GARANTIR OFERTA
This is some text inside of a div block.
3
min de leitura

Heading

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Por
This is some text inside of a div block.
Publicado em
This is some text inside of a div block.
This is some text inside of a div block.
Política
3
min de leitura

Congresso reage à decisão do STF de descriminalizar porte de drogas para uso pessoal

Com o placar em 8 a 3, Corte formou maioria sobre o tema. Análise só será finalizada na próxima sessão

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
27/6/2024 12:54
Imagem: Andressa Anholeti

Em uma decisão histórica, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal. A sessão da última terça-feira foi interrompida antes da proclamação do resultado final, que deve ocorrer em uma data posterior. Até o término do debate, o placar era de 8 a 3 pela descriminalização do porte de maconha até 40g, conforme sinalizaram os ministros participantes. 

A decisão significa a legalização ou liberação do uso de entorpecentes, mas modifica a atual abordagem penal sobre a questão. Os ministros Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber (aposentada), Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Edson Fachin votaram a favor da descriminalização. Cristiano Zanin, Nunes Marques e André Mendonça se posicionaram contra.

No início da sessão do dia 25 de junho, Toffoli mencionou seis votos favoráveis à descriminalização. O ministro enfatizou que nenhum usuário de drogas deveria ser criminalizado e destacou a necessidade de considerar a conduta como um ato ilícito administrativo, sujeito às sanções já previstas na legislação, sem implicações penais.

"O voto é claro no sentido de que nenhum usuário de nenhuma droga pode ser criminalizado", enfatizou o magistrado.

Já o ministro Luiz Fux argumentou que a definição do porte de maconha como crime - ou não - deveria ser uma decisão legislativa, não judicial. Ele defendeu a constitucionalidade das sanções administrativas previstas pela Lei de Drogas.

“É lá [na arena política] que tem que ser decidido, é lá que se deve pagar o preço social. Não é que nós tenhamos receio, mas nós temos de ter deferência, porque no Estado Democrático a instância maior é o Parlamento.”, declarou Fux.

A decisão do Supremo reacendeu a queda de braço entre Legislativo e Judiciário. Logo após o encerramento da sessão no STF, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) veio a público manifestar sua contrariedade ao tema e à forma que foi conduzida.

“Eu discordo da decisão do Supremo Tribunal Federal. Eu considero que uma descriminalização só pode se dar através do processo legislativo e não por uma decisão judicial. Há um caminho próprio para se percorrer nessa discussão, que é o processo legislativo", defendeu o mineiro.

No âmbito da Câmara dos Deputados, o presidente Arthur Lira (PP-AL), por meio de um gesto, também enviou um recado à Corte. O alagoano publicou no Diário Oficial da Casa, na data de ontem (25 jun. 24), a Comissão Especial que vai analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa criminalizar o porte de drogas. O próximo passo são as indicações dos membros pelos partidos e, posteriormente, a instalação, seguida pela  eleição da presidência.

A atitude de Lira foi bem recebida pela oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O líder dos oposicionistas, deputado Filipe Barros (PL-PR), afirmou que a “meta é votar o texto no plenário ainda antes das eleições de outubro”.

A oposição já está pronta para tratar a proposta com a prioridade que merece”, complementou.

Já os parlamentares governistas elogiaram a decisão. O deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), vice-líder do governo Lula na Câmara, afirmou que o entendimento do Supremo “representa um avanço na política de segurança pública".

“Essa medida [decisão do STF que descriminaliza o porte de maconha] representa um avanço na política de segurança pública. A atual guerra às drogas não tem funcionado, resultando em aumento da criminalidade, violência e superlotação carcerária, que empurra mais pessoas para facções criminosas.”, disse Vieira.

O debate sobre a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal começou em 2015 e foi interrompido várias vezes. A questão central envolvia a validade de um trecho da Lei de Drogas de 2006, que trata da posse de entorpecentes para consumo próprio. Embora a lei preveja sanções como advertências e prestação de serviços à comunidade, ela não estipula penas de prisão para essa conduta.

O STF foi chamado a se pronunciar sobre a descriminalização do porte de maconha a partir de um recurso apresentado em 2011, envolvendo a condenação de um homem que portava 3 g de maconha dentro de um centro de detenção provisória.

A decisão do Supremo estabelece um precedente significativo, sinalizando uma mudança importante e provocando um debate mais amplo e profundo sobre a política de drogas no Brasil. 

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais