O texto também põe fim às restrições que existiam para a concessão do Certificado de Registro (CR).
Segundo o artigo 35 do decreto que vigora atualmente:
“para a concessão do CR pelo Comando do Exército, o interessado deverá estar filiado a entidade de tiro desportivo e comprometer-se a comprovar, no mínimo, por calibre registrado”
Atualmente, os donos de armas precisam participar de treinamentos determinados pela diversidade dos calibres que possuem.
De acordo com a lei atual, são necessários:
- 8 treinamentos ou competições em clube de tiro para o atirador de nível 1;
- 12 treinamentos em clube de tiro e quatro competições para o atirador de nível 2; e
- 20 treinamentos em clube de tiro e seis competições para o atirador de nível 3.
Dentro do grupo conhecido como Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs), a quantidade de armas, os calibres e a quantidade de cartuchos adquiridos são determinados por níveis:
Nível 1 - Até quatro armas de calibres irrestritos e direito à aquisisção até 4 mil cartuchos ao ano.
Nível 2 - Até oito armas, com direito a quatro de calibres restritos e a adquirir até 10 mil cartuchos ao ano.
Nível 3 - Até 16 armas, com direito a quatro de uso restrito e a aquisição de até 20 mil cartuchos ao ano.
O texto aprovado pela CCJ também vai acabar com as restrições à compra e venda de armas de pressão com calibres superiores a 6mm.
Além disso, a proibição à aquisição por colecionadores de armas do mesmo modelo e marca das utilizadas pelas forças de segurança também poderá ser derrubada.
No todo, o projeto pretende suspender um e alterar outros cinco artigos do decreto presidencial assinado por Lula no ano passado.
A aprovação na CCJ abre espaço para que o Projeto seja votado no Senado. Caso seja aprovado pela maioria do plenário, passará a valer sem a assinatura do presidente, já que se trata de um Decreto Legislativo.