Carla Zambelli usou suas redes sociais para solicitar apoio financeiro de seus seguidores. Em um vídeo emocionado, ela afirma estar enfrentando dificuldades para pagar as penalidades determinadas pela Justiça e lançou uma campanha por meio de transferências via Pix.No apelo, a deputada destacou a importância da colaboração de seus apoiadores, mesmo que em pequenas quantias.
“Se você puder ajudar com R$1, já faz diferença. Se puder com mais, melhor ainda. Estou enfrentando esse momento com coragem e preciso da sua ajuda”.
Segundo ela, as sanções estão relacionadas à sua atuação em defesa da liberdade de expressão e à sua posição crítica frente ao sistema político e judiciário.
A parlamentar revelou que algumas das multas foram aplicadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e uma delas, no valor de R$44 mil, foi quitada com o auxílio do pai, que vendeu o próprio veículo para ajudá-la. Outras penalidades decorrem de investigações criminais ligadas ao suposto envolvimento em invasões de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com ajuda de um hacker.
Ela explicou ainda que, embora os processos estejam em andamento, a Justiça já exige o pagamento das condenações. Por isso, decidiu recorrer ao apoio popular, defendendo que sua luta representa uma causa coletiva.
“Se você acredita que essa batalha é maior do que uma condenação injusta, estenda sua mão. Acredito que a verdade vai prevalecer”, afirmou.
Na última sexta-feira (17), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a deputada a dez anos de reclusão em regime fechado, além do pagamento de multa equivalente a dois mil salários mínimos. Ela também foi sentenciada, junto ao hacker Walter Delgatti Neto, a pagar uma indenização de R$2 milhões por danos morais e materiais.
De acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli teria sido a mentora da invasão. A execução do crime foi atribuída ao hacker Walter Delgatti Neto, que afirmou ter atuado sob orientação direta da deputada.
A investigação conduzida pela Polícia Federal revelou que Delgatti acessou os sistemas do Judiciário utilizando credenciais falsas. Ele também declarou ter recebido um roteiro preparado por Zambelli com o conteúdo a ser inserido no banco de dados, além de pagamentos que somariam cerca de R$13,5 mil.
Com a decisão do STF, Zambelli poderá perder o cargo automaticamente após o esgotamento de todas as possibilidades de recurso, conforme previsto na sentença.
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Condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) enfrenta atualmente seu momento mais crítico na vida pública. A sentença, proferida pela Primeira Turma da Corte, inclui ainda multa de dois mil salários mínimos e uma indenização de R$ 2 milhões, solidária com o hacker Walter Delgatti Neto, por danos morais e materiais. Zambelli foi considerada culpada por incitação ao crime e associação criminosa, após ter sido acusada de articular com Delgatti a invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o objetivo de simular decisões judiciais que favorecessem Jair Bolsonaro.
Além do caso do hacker, a parlamentar responde a outros processos e acumula multas impostas por órgãos como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que a responsabilizam por disseminação de desinformação. Diante das sanções, Zambelli lançou uma campanha nas redes sociais para arrecadar doações via Pix, alegando perseguição política e defendendo que sua atuação se dá “em nome da liberdade de expressão”.
Apesar da atual crise, Carla Zambelli construiu sua carreira como uma das figuras mais emblemáticas da nova direita brasileira. Emergiu como ativista durante os protestos que pediam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, à frente do movimento “Nas Ruas”. A notoriedade conquistada nas manifestações e nas redes sociais a projetou para a política institucional. Em 2018, foi eleita deputada federal por São Paulo, em meio à onda bolsonarista.
Conhecida por seu discurso combativo e presença constante nas redes, Zambelli rapidamente se consolidou como uma das principais defensoras de Jair Bolsonaro no Congresso. Atacava o STF, promovia o armamento da população e se opunha à chamada “ideologia de gênero”. No entanto, seu vínculo com o bolsonarismo ruiu após desentendimentos com aliados próximos do ex-presidente — entre eles, o deputado Eduardo Bolsonaro, com quem protagonizou um bate-boca público nas redes sociais. A ruptura com a família Bolsonaro marcou uma mudança de tom em suas falas e um visível isolamento político.
Zambelli também se envolveu em episódios controversos. O mais marcante ocorreu na véspera do segundo turno das eleições de 2022, quando foi filmada correndo armada pelas ruas de São Paulo após discutir com um homem negro. Chamado por ela de legítima defesa, o caso teve ampla repercussão e motivou novas investigações judiciais.
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