Rafaela Treistman estava com o namorado na rave que foi atacada por terroristas do Hamas no atentado do dia 7 de outubro do ano passado.
Quando as sirenes anunciaram que mísseis estavam sendo lançados a partir de Gaza, a jovem se refugiou com Ranani em um abrigo próximo ao evento.
Pouco tempo depois, o local se tornou alvo dos jihadistas, que tentaram assassinar todos que se lá estavam.
A jovem conseguiu sobreviver depois de passar horas soterrada por cadáveres. Ranani Glazer, seu namorado, não teve a mesma sorte. Ele foi uma das vítimas fatais dos terroristas:
“Ele havia me prometido uma história de amor”, relatou a jovem. “Ele me deu uma história de amor”, confirmou emocionada.
Na entrevista concedida à Brasil Paralelo para o filme From the river to the sea, Rafaela conta como o episódio a abalou:
“Até hoje não saí da minha cabeça, nada saí da minha cabeça, nunca. O tempo todo você vive isso, você vê isso, o país está em guerra e ainda tem sequestros, não dá para ir para frente, porque ainda não acabou”.
A brasileira também destaca que o processo de recuperação para um trauma desse nível é lento e depende de diversos fatores:
“A gente continua, devagarzinho. Com o tempo, terapia, com amigos e comunidade.”
A sobrevivente continuou contando que ver a reação do Brasil sobre a guerra que Israel enfrenta é algo “muito triste”. Na entrevista, enfatizou afirmou que o governo do país não se importou com as vítimas brasileiras:
“Ninguém nem mencionou no governo, ninguém nem falou na gente. Nem no Ranani, nem na Bruna, nem na Karem. Nem nos sobreviventes: eu, a Jade, o Rafa, o Nathan, o Dani, o José… tantos que eu conheço.”








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