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A polêmica jurídica que envolve as opiniões de Elon Musk em relação a algumas posições adotadas pelo Supremo Tribunal Federal vêm impactando outros negócios do empresário.
Hoje, 04 de setembro, a empresa começou a organizar a retirada de funcionários da Starlink do Brasil.
Sugeriu também que outros membros de sua equipe não viessem ao país.
A razão alegada é a série de polêmicas enfrentadas pela empresa em relação ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Na última semana, a presidente da Space X, outra empresa de Musk, enviou aconselhando toda a equipe da empresa a evitar viagens ao Brasil, mesmo que não fossem realizadas por motivo de trabalho.
De acordo com o Wall Street Journal, os poucos funcionários que a empresa mantinha no Brasil foram enviados para escritórios em outros países.
A SpaceX é uma empresa que desenvolve foguetes reutilizáveis para tornar as viagens espaciais mais baratas.
Lança satélites, transporta suprimentos e astronautas para a Estação Espacial Internacional e está criando a nave Starship, que tem o objetivo de realizar viagens à Lua e Marte. Além disso, desenvolve também a rede satélites Starlink, que fornece internet global de alta velocidade, inclusive em áreas remotas.
A batalha judicial Musk X Moraes
O empresário Elon Musk e o Supremo Tribunal Federal, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, vem travando uma batalha há alguns meses.
No dia 28 de agosto, o ministro ordenou a suspensão da rede social X, um dos principais negócios de Moraes, do Brasil. O país acumula cerca de 6% do total de usuários da rede. Desde o sábado, dia 31, a rede social está fora do ar no país.
A Corte afirma que a rede social só poderá voltar a funcionar quando cumprir as exigências legais do STF, como:
pagar suas multas superiores a R$18 milhões e indicar um representante legal no Brasil.
As decisões do Supremo também atingiram Starlink. Na última quinta-feira, 29 de agosto, o Supremo determinou o bloqueio dos valores nas contas que a empresa mantém no Brasil.
A ordem foi baseada na determinação da Corte de que a Starlink, por ter Musk como um dos sócios, pode ser uma das corresponsáveis pelas multas aplicadas ao X.
“Investir no Brasil é insano”
No sábado, dia em que a rede social parou de operar, o empresário chegou a desencorajar investimentos no Brasil.
Também fez críticas à gestão do Executivo Federal:
“Investir no Brasil sob a administração atual é insano. Quando houver uma nova administração, com sorte, irão mudar”.
Imagem: reprodução X.
O empresário também realizou uma outra postagem em que, novamente, criticou o atual governo:
“O povo brasileiro não está feliz com a administração atual”, enfatizou.
A atual gestão do executivo federal já se manifestou algumas vezes sobre a polêmica. Tanto o presidente Lula quanto vários políticos alinhados a seu partido já se manifestaram a favor do ministro Moraes.
“Se a Suprema Corte tomou uma decisão para o cidadão cumprir determinadas coisas, ou ele cumpre, ou vai ter que tomar outra atitude. Não é porque o cara tem muito dinheiro que pode desrespeitar”, afirmou o presidente em uma entrevista à rádio MaisPB, de João Pessoa, no dia 30 de agosto.
O ministro Geraldo Alckmin também já se manifestou contra as posições do empresário:
“Não é porque é bilionário que não vai cumprir a lei”, disse.
Investidores brasileiros reagem
O Wall Street Journal ressaltou que após o congelamento dos bens de uma empresa independente, investidores que aplicam no Brasil recuaram.
O presidente da Câmara dos Deputados se manifestou sobre a polêmica. No sábado, 31 de agosto, ele afirmou se preocupar com a segurança jurídica do Brasil.
"Eu sempre me preocupo com o que o Brasil demonstra de segurança ou insegurança jurídica, de previsibilidade. Eu posso estar errado, mas a personalidade jurídica de uma empresa é totalmente diferente da outra", afirmou em um evento realizado em São Paulo pela XP Investimentos.
A Starlink é uma empresa independente do X. A instituição provê serviços de internet para cerca de 250 mil clientes.
No mesmo evento, o presidente da Câmara também enfatizou:
"Não conheço o processo, não sei o que está feito ali, mas não temos informação, e o que às vezes causa um pouco de atenção é esse bloqueio de uma empresa em detrimento da outra, financeiramente".
Repercussão internacional
O fato de Musk ser um empresário de grande visibilidade contribui para a repercussão do ocorrido perante a comunidade internacional. Ontem, Jordan Peterson, um dos principais intelectuais vivos da atualidade, se manifestou em relação à polêmica.
Em publicação na rede social X, fez críticas ao STF.
Um grupo de congressistas norte-americanos reagiu à remoção do X no Brasil. Políticos como Bill Altman e Donald Trump Jr.
Antes mesmo da remoção, algumas condutas da Suprema Corte, a maioria delas sob relatoria do ministro Moraes, já haviam suscitado reações no Congresso Americano.
Em abril de 2014, um grupo de deputados liderado por Jim Jordan chegou a citar o caso das aclamadas restrições à liberdade de expressão no documento “O ataque à liberdade de expressão no exterior e o silêncio da administração Biden: o caso do Brasil”.
A reação da Starlink
A empresa divulgou recentemente que está fazendo tudo o que pode para reaver seus recursos. Em uma publicação no X, afirmaram que entraram com ação no STF para rever a decisão.
Por se tratar de uma empresa que necessita de aprovação regulatória para operar, a empresa pode ser especificamente afetada pelas consequências dessa disputa. A empresa atualmente detém concessões em 109 países.
No Brasil tem se destacado a estabelecer conexões em áreas remotas, como a Amazônia, em que provê conexões em regiões agrícolas.
No momento, a Space X tenta realizar negócios que envolvem a empresa brasileira e a Starlink. A reportagem do WSJ confirma que havia um contrato entre a John Deere e a Starlink envolvendo as conexões via satélite de Musk e a fabricante de máquinas agrícolas norte-americanas. Estava programado que as empresas iniciaram uma parceria em territórios norte-americanos e brasileiros.
Ainda não está claro como a Tesla, empresa de desenvolvimento e comercialização de carros elétricos, será afetada.
A polêmica envolvendo Musk e Moraes comprova que os conflitos envolvendo manifestações públicas em redes sociais podem se agravar a ponto de impactar negócios e repercutir na vida social de um povo.
O X, antigo Twitter, tinha 22 milhões de usuários no Brasil.