As recentes declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre suas intenções para 2026 despertaram reações intensas no Congresso.
O presidente de honra do Partido Liberal foi categórico ao reafirmar sua intenção de encabeçar a disputa presidencial de 2026, declarando com firmeza que apenas ele representa a verdadeira força eleitoral no campo da direita. “O candidato sou eu”, afirmou.
Apesar de atualmente inelegível devido a decisões do Tribunal Superior Eleitoral, Bolsonaro revelou que possui uma estratégia para tentar reverter o quadro, mencionando alternativas como ações no Supremo Tribunal Federal.
Existe também a possibilidade de um possível apoio do Congresso Nacional e, como último recurso, a apresentação de uma candidatura próxima ao registro definitivo, como um modo de exercer pressão sobre o TSE para decidir.
A afirmação do ex-presidente confirma o que já havia sido dito por Valdemar da Costa Neto, presidente do seu partido, há cerca de 15 dias:
“Bolsonaro é o representante da direita no mundo. O que acontece é que, como está inelegível, acham que ele não vai ser candidato, mas Bolsonaro será candidato”.
Ao enfatizar que apenas ele teria chances reais de vitória no campo da direita, desconsiderou uma eventual aproximação com nomes como Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado e Romeu Zema, potenciais candidatos em construção.
As declarações geraram uma divisão de posicionamentos entre parlamentares. No campo governista, deputados do PT expressaram descrença e criticaram a postura de Bolsonaro.
A deputada Luizianne Lins (PT-CE) ironizou a declaração, destacando que Bolsonaro, embora inelegível, segue se promovendo como candidato, atraindo a confiança de apoiadores.
“O inelegível Jair Bolsonaro dizendo aos quatro cantos que vai ser candidato em 2026. E pior é que os seus acreditam”, pontuou Lins.
Já o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) apontou o movimento como uma tentativa desesperada de Bolsonaro para recuperar a relevância política, afirmando que ele "se apega ao pouco que sobrou de sua imagem pública".
“Jair Bolsonaro, o inelegível, está na capa da Veja dessa semana e em várias manchetes de jornais insistindo na possibilidade de retomar seus direitos políticos e concorrer às eleições em 2026. Bolsonaro se apega ao pouco que sobrou de sua imagem pública, mas hoje é uma figura falida, enfraquecida e agora que percebeu que a extrema direita pode existir sem ele, está desesperado”, destacou Zarattini.
Na base aliada de Bolsonaro, por outro lado, o apoio foi reafirmado com entusiasmo.
O senador Jorge Seif (PL-SC) deixou claro que, para ele, Bolsonaro é a única escolha da direita para 2026.
O parlamentar reforça a popularidade do presidente entre eleitores conservadores.
"Bolsonaro será o candidato a presidente da direita em 2026", afirmou Seif, demonstrando a confiança de sua base na força política do ex-presidente.
Na mesma linha de Seif, o senador Luís Carlos Heinze (PP-RS) também destacou Bolsonaro como a liderança que, em sua visão, personifica a mudança e a "virada" que o Brasil precisa.
“Bolsonaro é a liderança da direita que ilustra o cenário da mudança. O Brasil está pronto para a virada”, afirmou o parlamentar gaucho.
Essas reações expõem um cenário político incerto para 2026. A política brasileira segue marcada pela incerteza em torno do futuro político do ex-presidente da República.
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