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Economia
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Após críticas por fala e aumento do dólar, Lula reage: “cretinos”

Em entrevista, Lula questionou a eficiência do teto de gastos e, no mesmo dia, o dólar comercial atingiu R$5,52. Hoje,sábado (29 jun.2024), a moeda atingiu R$5,58, maior cotação em 2,5 anos.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
29/6/2024 22:18
Agência Brasil

A semana econômica foi movimentada no Brasil. Na última quarta-feira (26 jun. 2024) o dólar comercial atingiu R$5,52 Hoje, sábado (28 jun. 24) o valor da moeda atingiu R$ 2,58, o maior valor em dois anos e meio. A última vez que a moeda americana esteve acima desse patamar foi em janeiro de 2022. 

A alta de quarta-feira, correspondente a  1,13% no dia, refletiu a reação dos mercados às recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em uma entrevista ao UOL, Lula questionou a necessidade de cortes nos gastos públicos, afirmando que o tema das contas públicas é tratado com mais rigor no Brasil do que em qualquer outro país. Ele negou que o governo esteja gastando demais ou que a dívida líquida do país seja excessivamente alta.

"O Brasil gasta, efetivamente, 74% ou 75% do PIB. Hoje está em 76%. Isso está muito aquém dos gastos que outros países fazem", declarou o petista, citando dados comparativos com membros da OCDE.

Segundo o presidente, países como os Estados Unidos, China, Japão, França e Itália têm dívidas públicas bem superiores, chegando a 123%, 83%, 237%, 112% e 137% do PIB, respectivamente.

Lula também destacou a importância de investimentos em políticas públicas e sugeriu que o foco deveria ser aumentar a arrecadação em vez de cortar despesas.

"O problema não é que tem que cortar [despesas]. O problema é saber se precisa efetivamente cortar ou se a gente precisa aumentar a arrecadação", defendeu.

As declarações do presidente geraram preocupação entre os agentes financeiros, contribuindo para a alta do dólar e impactando contratos de juros futuros, cujos valores subiram na curva longa. As taxas nos contratos com vencimento em janeiro de 2032 chegaram a 12,23%.

Não foi só o mercado financeiro que recebeu negativamente esta declaração do chefe do Executivo. Parlamentares também criticaram Lula pela fala. O presidente nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou que “Lula agiu como Nero e incendiou o dólar”.

“Como diria Nero, o problema não é ter que apagar. É saber se precisa efetivamente apagar ou colocar fogo em Roma. Foi mais ou menos o que disse o presidente Lula sobre não cortar gastos e aumentar a arrecadação. Resultado: Lula agiu como Nero e incendiou o dólar.”, afirmou Nogueira.

A senadora Tereza Cristina (PP-MS) foi outra parlamentar que criticou a atitude do petista. Para ela, Lula só deveria dar “entrevistas bombásticas após às 17h”, pois “pelo menos, o mercado, que ele tanto critica, sofreria menores impactos imediatos das declarações dele”.

“Não seria melhor Lula dar suas entrevistas bombásticas após as 17h? Pelo menos, o mercado, que ele tanto critica, seria menos imediatamente impactado pelas declarações. A quem interessa tanta turbulência? Dólar nas alturas, bolsa caindo, juros futuros subindo”, disse a ex-ministra.

O chefe do Executivo não gostou nenhum pouco das críticas recebidas. Nesta quinta-feira (27 de jun. 24), o petista chamou de cretinos quem associou a alta do dólar às declarações feitas em sua entrevista ao UOL.

“Ontem, depois da minha entrevista ao UOL, saíram manchetes dizendo que o solar tinha subido por causa da entrevista do Lula. Os cretinos não perceberam que o dólar tinha subido 15 minutos antes de eu dar a entrevista”, disse o mandatário em seu perfil no X.

O presidente da República também recebeu apoio de aliados em meio às críticas. O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, saiu em defesa de Lula.

“Tem uma turma achando que os brasileiros são imbecis. A diretora do FED (Sistema de Reserva Federal dos EUA) indicou ontem a manutenção dos juros nos EUA e fez o dólar subir no mundo. Hoje, o presidente Lula diz que não vai cortar o BPC, critica o BC e eles dizem que o dólar subiu por causa dele. É cada uma...”, declarou Cappelli.

A resposta do mercado às declarações de Lula ressalta a sensibilidade dos agentes econômicos às diretrizes governamentais sobre controle de gastos e gestão da dívida pública. Nos próximos dias, a expectativa é de que o governo apresente medidas mais concretas para acalmar os ânimos do mercado e estabilizar a economia.

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