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Brasília
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Advogado aliado de Lula critica o governo: “está isolado”

Kakay compara o governo atual com Dilma e defende Haddad como sucessor natural de Lula.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
18/2/2025 9:08
Cristiano Mariz/VEJA

O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido pelo apelido Kakay, divulgou um texto criticando o governo petista em alguns grupos políticos

Kakay faz parte do grupo Prerrogativas, organização de advogados e acadêmicos progressistas que defendem o PT.

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O advogado disse que Lula em seu terceiro mandato está agindo de maneira muito diferente de seus dois governos anteriores.

Por questões pessoais e políticas, o presidente estaria se isolando e evitando encontros importantes.

Kakay compara o cenário com o mandato de Dilma Rousseff, contando que a petista evitava encontros com políticos influentes e esse teria sido um dos motivos de sua queda:

Certa vez, conversando com um senador do PT, ele me disse que há um ano tentava uma audiência com a presidenta Dilma. Ela não fazia política. Sofreu impeachment.”

O advogado levantou a questão da popularidade de Lula, citando uma pesquisa do Ipec segundo a qual 62% da população brasileira seria contra a reeleição de Lula.

Levando esse cenário em consideração, Kakay se questiona sobre quem será o sucessor do presidente.

Para ele, o melhor nome possível para ocupar a posição seria o ministro da Fazenda, Fernando Haddad:

E nós temos o Haddad, o mais fenomenal político desta geração em termos de preparo. Um gênio. Preparado e pronto para assumir seu papel.”

A situação política de Haddad é complicada, segundo pesquisa do Instituto Quest, o ministro tem 56% de rejeição popular, o candidato que mais sofre com esse problema.

Leia a carta de Kakay na íntegra abaixo:

Lula, a esperança da democracia.
Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.” Clarice Lispector.
Lula ganhou 3 vezes e elegeu Dilma como sua sucessora. À época, elegeria qualquer de seus ministros, pois era imbatível.
Certa vez, conversando com um senador do PT, ele me disse que há um ano tentava uma audiência com a presidenta Dilma. Ela não fazia política. Sofreu impeachment.
Um dia, no governo Lula, um senador da oposição me liga às 11h da manhã e reclama que tinha assumido há 15 dias – era suplente – e que não havia sido recebido pelo Zé Dirceu, chefe da Casa Civil. Liguei para o Zé. Às 12:30, a gente estava almoçando no Palácio do Planalto. O Zé – de longe, o mais preparado dos ministros – deu um show, discorrendo sobre o Estado de origem do senador, que saiu de lá com o número do celular do Zé e completamente encantado.
Neste atual governo, Lula fez o que de melhor podia ao enfrentar Bolsonaro e ganhar do fascismo, impedindo que tivéssemos mais 4 anos de Bolsonaro. Seria o fim da democracia. Seriam destruídas, de maneira irrecuperável, tudo que foi construído nos governos democráticos, não só do PT.
O fascismo acaba com tudo. Este o maior legado do Lula. Para tanto, foi necessário, senão não teríamos ganhado, fazer uma aliança ampla demais. Só o Lula conseguiria unir e fazer este amplo arco para derrotar Bolsonaro. 
Aqui em casa, no dia da diplomação, 12 de dezembro, determinado político se aproximou em um momento em que Lula e eu conversávamos, colocou amistosamente a mão no meu ombro e fez uma brincadeira. Ao sair da roda, o Lula me falou baixinho, rindo: “este jamais será meu ministro, e acha que vai ser”. Dia 1º de janeiro, ele assumiu como ministro. Este o brilhantismo do Lula neste momento difícil. Não fosse sua maturidade, não teríamos tido chance de vencer o fascismo. Por isto, cometo aqui certa indelicadeza de comentar este fato: para ressaltar a maturidade do presidente Lula.
Mas o Lula do 3° mandato, por circunstâncias diversas, políticas e principalmente pessoais, é outro. Não faz política. Está isolado. Capturado. Não tem, ao seu lado, pessoas com capacidade de falar o que ele teria que ouvir. Não recebeu mais os velhos amigos políticos e perdeu o que tinha de melhor: sua inigualável capacidade de seduzir, de ouvir, de olhar a cena política.
Outro dia, alguns políticos me confidenciaram que não conseguem falar com o presidente. É outro Lula que está governando. Com a extrema direita crescendo no mundo e , evidentemente aqui no Brasil, o quadro é muito preocupante. Sem termos o Lula que conhecíamos como presidente e sem ele ter um grupo que ele tinha ao seu redor, corremos o risco do que parecia impossível: perdermos as eleições em 2026.
Bolsonaro só perdeu porque era um inepto. Tivesse ouvido o Ciro Nogueira e vacinado, ou ficado calado sem ofender as pessoas, teria ganho com a quantidade de dinheiro que gastou. Perder uma reeleição é muito difícil, mas o Lula está se esforçando muito para perder. E não duvidem dele, ele vai conseguir.
Claro que as circunstâncias estão favoráveis ao projeto de perder as eleições. Não dou tanto importância para estas pesquisas feitas o tempo todo. Mas prestei atenção nesta que indica que 62% não querem que Lula seja candidato à reeleição. A pergunta é: quem é seu sucessor natural? Não foi feito um grupo ao redor do presidente, que se identifique com ele e de onde sairia o sucessor político natural, o “grupo” do Lula, a gente sabe quem é. E certamente não vai tirá-lo do isolamento.
Ele hoje é um político preso à memória do seu passado. E isolado. Quero acreditar na capacidade de se reencontrar. Quem se refez depois de 580 dias preso injustamente, pode quase tudo. E nós temos o Haddad, o mais fenomenal político desta geração em termos de preparo. Um gênio. Preparado e pronto para assumir seu papel.
Já fico olhando o quadro e torcendo para o crescimento de uma direita civilizada. Com a condenação do Bolsonaro e a prisão, que pode se dar até setembro, nos resta torcer para uma direita centrista, que afaste o fascismo.
Que Deus se apiede de nós! É necessário lembrar o mestre Torquato Neto no Poema do Aviso Final: “É preciso que haja algum respeito, ao menos um esboço ou a dignidade humana se afirmará a machadada”.

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