A Kantar, empresa especialista em dados e consultoria, realizou uma pesquisa que constatou um aumento de 7,8% na quantidade de itens adquiridos a cada visita ao supermercado em relação ao mesmo dado no ano de 2023. Isso significa que o brasileiro está consumindo mais e de modo mais diversificado.
O estudo Consumer Insights Q1 2024 aponta que o segmento de bazar apresentou um crescimento de 9,9% no período, seguido por:
O crescimento pode ser explicado por uma mudança no padrão de consumo do brasileiro, que está diminuindo suas idas aos supermercados, mas aumentando a quantidade de produtos consumidos por vez.
O estudo também revela que desde o fim da pandemia de Covid 19, houve um aumento de 8,7% na busca por alimentos classificados como “sabor e prazer”. Essa classificação é a que inclui alimentos que provocam sensações agradáveis e são apreciados pelo paladar, como doces, massas, pães e bolos.
O indicativo não significa uma mudança na alimentação padrão do brasileiro. O que a pesquisa revela é que a população está consumindo outros produtos além do básico.
Um fator importante a ser considerado é a melhoria de alguns pontos relacionados à situação macroeconômica em que o país está inserido.
Os índices inflacionários apresentaram queda e a taxa de desemprego não está em seu momento mais elevado, o que incentiva as classes mais baixas a consumir produtos para além das necessidades básicas.
O economista Marcello Scarpat Careta, da Piassi e Bastos Consultoria, defende que boa parte do sucesso em conter a inflação ocorre por conta da política monetária do Banco Central (BC), que aumentou a taxa básica de juros ainda no período da pandemia:
“E de uma forma impressionante, o Brasil foi o primeiro país a adotar o que se denomina política contracionista, usando a “arma” mais eficiente para domar a atividade econômica, que é através do aumento da nossa taxa Selic.”
Scarpat constata que os atuais ível de gastos públicos e as críticas que o presidente tem feito ao Banco Central contribuem para que o mercado preveja um cenário pessimista para o futuro:
“A perspectiva positiva que os agentes econômicos tinham antes das eleições foi abalada, pois não pensava que o governo Lula III seria tão inconsequente no quesito gastos públicos. Sem haver um real motivo para uma queda sustentável da taxa Selic, não existe um horizonte positivo para que ocorra um crescimento robusto e duradouro na nossa economia.”
Scarpat acredita que, para preservar a potencialização nos índices econômicos seria necessário que o governo preservasse o modelo de política monetária estabelecido por Roberto Campos Neto no Banco Central. Enfatiza também que a redução de gastos é fundamental:
“Para termos um resultado mais eficiente para domarmos a inflação, deveríamos atacar em duas frentes, pela política monetária contracionista, executada com competência pelo Banco Central, que hoje é gerido pelo Campos Neto. E a outra frente, o governo que se encontra em exercício, deveria fazer uma reforma administrativa e cortar gastos.”
O momento econômico que o Brasil vive não parece ser sustentável, uma vez que os gastos do governo seguem aumentando e em breve Lula indicará o novo presidente do BC.
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