Luan Licidonio

Luan Licidonio Bez é sócio e CRO da Brasil Paralelo. Escreve sobre marketing, gestão e publicidade. Conteúdo sem wokismo, colocando a busca pela verdade acima de gatilhos mentais vazios ou da vontade de fazer coro a pautas identitárias.

Marketing da diversidade - é sobre isso, e não está tudo bem

Presenciamos a era do sufocamento de ideias - E ai de quem pensar diferente.

Luan Licidonio

Hoje, quero focar em quanto o pensamento lacrador é uma ameaça para o marketing. Mas antes, vejo como uma necessidade contar minha experiência concreta na faculdade de publicidade, uma vez que os frutos revelam a árvore.

Enquanto eu estava na graduação, boa parte da minha turma era de esquerda. LGBT's, feministas, progressistas e outros grupos mais intimamente relacionados com esse espectro político. Sempre me dei bem com todos, porém, em 2017, bastou eu entrar na Brasil Paralelo e firmar meu posicionamento para que todos aqueles relacionamentos fossem por água abaixo.

Percebi que um período de irracionalidade se aproximava. 

  • Não interessa o seu comportamento. 
  • Não interessa o que você pensa. 
  • Não interessa o que você defende.

Se for diferente da ideologia dominante, você está marcado. Seja como fascista, frentista ou taxista. É uma diversidade que diverge de outras ideias.

Escrevo este texto para abrirmos os olhos aos discursos e propagandas que defendem "as diferenças", mas que não aceitam nada de diferente.

Isso vale inclusive para o pronunciamento da Diretora-Geral do Twitter Brasil.

Discursam sobre diversidade, mas apoiam a censura aos perfis que pensam diferente.

censura no twitter - donald trump
"Viva a diversidade! Menos para vocês que pensam diferente".

Para além do pensamento lógico, destruído por aqueles que defendem "a diversidade" mas não aceitam ideias diferentes, percebe-se claramente a incompreensão sobre o que é publicidade, marketing.

Marketing é capitalismo. A faculdade de Publicidade ensina a vender da melhor forma possível nas maiores quantidades possíveis. Isso é ótimo! Já venho escrevendo sobre isso há um tempo nas minhas outras publicações aqui no Portal da Brasil Paralelo.

Vender é solucionar uma dor do cliente, fornecer aquilo que a pessoa necessita. Buscar aumentar as vendas é buscar solucionar mais problemas, solucionar ausências, fornecer diversões.

Não vou nem mesmo começar a falar de diversão e lacração porque isso daria muitas outras páginas.

Comercializar algo não está relacionado a atacar pessoas ou culturas, mas sim fornecer bens.

O que vemos que acontece nas publicidades lacradoras é o ataque à sociedade que nutriu os mesmos publicitários militantes. A existência de um profissional de marketing em um país comunista é impossível. O que existe em Cuba e na Coréia do Norte são censores e militantes do partido.

Não há liberdade, não há diversidade e, consequentemente, não há criatividade. Elementos essenciais para o desenvolvimento das sociedades são perdidos.

A concorrência gera a necessidade de novas ideias, de superação do concorrente. A liberdade gera a possibilidade de criar novas peças, novos slogans, novos produtos.

Isso é ótimo, isso é o verdadeiro capitalismo, e isso está sendo atacado.

O banco Bradesco, por exemplo, fez propagandas que davam a entender que a pecuária é prejudicial ao meio ambiente. Logo após a propaganda, diversos produtores rurais cancelaram suas contas do banco, fazendo até mesmo churrascos nas portas de algumas unidades como protesto.

pedido de desculpas do Bradesco para o agronegócio

O boicote fez com que o Bradesco emitisse uma nota oficial pedindo desculpas pela propaganda - para tentar não perder mais clientes, claro.

O que se percebe é a ausência de prudência e misericórdia. O banco não se colocou no lugar daqueles que trabalham duro para fornecer o alimento de seus diretores, funcionários e clientes. 

Também não foram prudentes ao atacar os pecuaristas, segmento importante de clientes do banco.

Outro exemplo interessante é o Burguer King. A empresa já é famosa por defender pautas progressistas. O Burguer King tem um histórico de defender o "poliamor" e outras causas progressistas. Segundo o diretor de marketing da empresa, Ariel Grunkraut, em entrevista para o UOL:

"Fomos a primeira marca a trazer uma Drag Queen para a televisão nacional, lá no começo de 2017. Participamos como patrocinadores da Parada LGBTQ+ de SP, em 2018.
Debatemos sobre a importância da conscientização do voto nas Eleições; admitimos os nossos haters para debater um assunto muito sério: o preconceito; e, agora, trouxemos um trisal para falar sobre nossa promoção King em Dobro, algo nunca feito por outra marca também”.

O que é interessante é que os próprios criadores do comunismo, Marx e Engels, demonstraram que a família tradicional é a instituição responsável pelo surgimento da propriedade privada e dos lucros. Isso está no livro A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado

Ou seja, sem famílias tradicionais, sem lucro. Sem a moral tradicional, natural, sem a sociedade capitalista, aquela que permitiu a criação do Burger King, a rede de hambúrgueres não teria surgido. 

Enfim, o que se percebe é uma clara contradição, irracionalidade e falta de caridade. Tais ideias, levadas ao extremismo, são perigosas para a sociedade. Os ideias iluministas tão amplamente defendidos podem levar ao Estado grande, inchado e extremamente censor.

Seu professor progressista, aquele do ensino médio, ensinava você a colocar o Estado como a solução de tudo, não é verdade?

As origens das ideias lacradoras podem ser bem compreendidas através do artigo da Brasil Paralelo sobre progressismo e nos documentários e programas da BP.

Por tudo o que foi dito, foi possível ter um panorama geral do que são as "ideias de diversidade" no marketing. A falta de caridade é um grande problema do nosso século. A falta de estudos, ainda, nem se fala. Não entender como surgiu a sociedade que lhe forneceu comida, saúde e educação pode levar ao fim dela. 

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