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Filosofia
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min de leitura

Conheça o poder que o estudo da Lógica pode trazer para você

A lógica permite ao ser humano alcançar sua possibilidade mais sublime: o conhecimento reto da Verdade. Conheça a essência do estudo da lógica.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
14/10/2021 17:10
Mente organizada pela lógica
"Para Aristóteles, a Lógica é a ciência da demonstração; (...) para Lyard é a ‘ciência das regras do pensamento’. Poderíamos ainda acrescentar: (...) é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte de aplicá-las corretamente na procura e demonstração da verdade". (Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires)

A lógica permite ao ser humano alcançar sua possibilidade mais sublime: o conhecimento reto da Verdade. Estudar essa disciplina-ferramenta é muito benéfico para todas as pessoas.

O que você vai encontrar neste artigo?

O que é Lógica?

Lógica é um meio de desenvolver o pensamento de forma a não cair em erro. É um conjunto de princípios. Esses princípios permitem à inteligência descobrir a verdade sobre determinado assunto sem se desviar pelo caminho. 

A palavra lógica tem origem no termo grego lógos. Este termo possui vários significados, sendo os principais razão, argumentação e fala.

A origem do termo demonstra que a Lógica é uma ferramenta da razão e que está intrinsecamente conectada com o falar. A linguagem é uma construção lógica derivada da razão, e permite que a razão alcance seu fim, a saber, o conhecimento da Verdade. 

A linguagem é uma parte da Lógica.

Assim, do mesmo modo que as linguagens vão sendo aprimoradas, o mesmo acontece com a Lógica.

Ao longo do tempo, diversas contribuições foram feitas em variados períodos da história. 

Conhecer o estudo da Lógica é conhecer como o ser humano se aprimorou no aspecto mais elevado da vida. 

  • Entenda como a busca pelo lógos por parte dos gregos fundou a Civilização Ocidental após a união com o Direito Romano e o Cristianismo. 

Estudo da Lógica

onde e como surgiu o estudo da lógica

O estudo da lógica tem origem na tradição filosófica grega. Foi Aristóteles quem primeiro organizou os estudos dessa ferramenta da razão. No início, a disciplina tinha o nome de Analítica.  

Como a filosofia aristotélica parte do pressuposto de observação da realidade, dos casos concretos para alcançar os universais, o filósofo grego percebeu que existem 3 princípios que baseiam a realidade e nunca são quebrados.

Os 3 princípios que regem o universo são:

  • 1 — Princípio de identidade: um ser é ele mesmo, possui apenas sua forma e características essenciais, não possui outras formas ou características. Dessa forma, ele é idêntico ao próprio ser e apenas a si.

Exemplo: A é apenas A. A possui forma características essenciais apenas de A; assim, A possui a identidade do seu ser: A. A é idêntico a A.

Um cachorro é apenas um cachorro, possui formas características essenciais apenas da sua espécie. Assim, um determinado cachorro possui a identidade da sua espécie e seus aspectos individuais. Um indivíduo cachorro é idêntico a si mesmo. 

O princípio da identidade auxilia na compreensão do ser (vide o pensamento desenvolvido por Parmênides) e das essências de cada ser, e é a base de posteriores análises lógicas que se dão através dos outros dois princípios. 

  • 2 — Princípio da não-contradição: o princípio da não-contradição diz que é impossível um ente (a coisa que existe) ser e não ser ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto, assim como é impossível ele ser um determinado ente e ao mesmo tempo ser outro.

            Exemplo: A é A. Enquanto A é A, A não é e nem pode ser B.

A doutrina Cristã é a doutrina Cristã. Devido aos seus postulados essenciais, não é e nem pode compactuar com o comunismo que possui postulados contra as religiões, por exemplo. 

Em discussões e análises, é possível que o autor de determinado pensamento levante teses contrárias ao longo do desenvolvimento de sua ideia. Com o conhecimento de lógica, o autor pode revisar a tese e retirar as partes incorretas.  

  • 3 — Princípio do terceiro excluído: o princípio do terceiro excluído demonstra que, nas proposições (sujeito e predicado), só existem duas opções, ou é afirmativa ou negativa: A é x ou A é não-x. 

Lucas é redator ou não é redator, não existe outra possibilidade. Na análise do ser de algo ou alguém, ou ele é determinada coisa ou não é, sem que exista outra possibilidade.

Ao iniciar uma ideia, são realizadas proposições. Proposição é uma premissa, uma apresentação das primeiras observações que buscam conhecer algo.

Premissa, etimologicamente, tem origem na palavra latina praemittere, que significa enviado anteriormente, o primeiro enviado.

Por exemplo, na frase: “Os troncos das árvores são marrons e têm líquidos dentro de si”, a proposição é o fato de a cor ser marrom e elas possuírem substância líquida em seu interior. 

Se a frase estivesse em outra língua, ela seria diferente, mas a proposição seria a mesma. 

A lógica irá descobrir se a conclusão é real ou falsa. Como a realidade é inesgotável e a razão humana consegue ir destrinchando-a, é necessário que se conheça mais de Lógica para se aprofundar em qualquer estudo de forma correta.

Dessa forma, Aristóteles organizou meios de utilização da lógica a partir de seus estudos. As bases do seu sistema são:

Silogismo

O silogismo é a parte mais importante da Lógica. Silogismo é uma conexão de proposições. Essa conexão busca chegar a um novo conhecimento através da articulação entre as ideias apresentadas.

As proposições, para atingir o objetivo do silogismo, devem respeitar os três princípios já mencionados.

O silogismo é o que permite o saber, a ciência. Esse método permite verificar a veracidade das provas suscitadas pelo pesquisador.

O silogismo funciona da seguinte maneira: são apresentadas duas premissas, uma maior, que guiará o estudo, e uma menor. Da análise da relação de ambas, surge a conclusão. 

O clássico exemplo dos estudos de Lógica demonstra como um silogismo funciona:

Premissa maior: Todos os homens são mortais.

Premissa menor: Sócrates é homem.

Conclusão: Logo, Sócrates é mortal. 

Sofisma

O sofisma ou falácia é um silogismo de conclusão errada, ou seja, que não corresponde à realidade. No sofisma, as premissas são verdadeiras, mas a conclusão não. 

Exemplo:

Premissa maior: A nação brasileira é composta por pessoas.

Premissa menor: A nação egípcia é composta por pessoas. 

Conclusão: Logo, a nação brasileira e a nação egípcia são a mesma. 

O exemplo é simples, mas, muitas vezes, teorias complexas incorrem neste erro. 

Conhecer esses instrumentos da Lógica de forma simples permite desenvolvê-los e reconhecê-los em níveis mais complexos. 

  • Vários intelectuais renomados cometem falácias gravíssimas que são seguidas por grande parte da população. Conheça esse erro para não ser mais uma vítima dessa falácia: a paralaxe cognitiva.  

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