A surpresa que impactou os usuários da internet brasileira em 18 de setembro parece ter chegado ao fim. Na noite desse dia, a Anatel emitiu uma nova orientação para que 20 mil operadoras e provedoras de internet voltassem a bloquear o X em todo o Brasil. Hoje pela manhã, o X foi suspenso novamente no país.
O ministro Alexandre de Moraes estabeleceu também uma multa milionária para quem burlar a proibição.
Não foi o que ocorreu. Pela manhã, a Anatel começou a estudar maneiras de suspender novamente a plataforma, mas “sem prejudicar a internet brasileira”, conforme alegou em nota.
Após receber a notícia de que o X havia voltado a operar, Alexandre de Moraes determinou uma multa de R$5 milhões por dia à plataforma e também à Starlink, outra empresa de Musk.
A decisão foi tomada na quarta-feira e divulgada na quinta-feira, dia 18 de setembro, pela assessoria do Supremo Tribunal Federal. No documento, o ministro afirma que o X atuou de forma “dolosa, ilícita e com persistente insistência em descumprir as ordens judiciais do Brasil”. Também disseram que a Anatel sugeriu estratégias para que o bloqueio fosse mantido.
O X voltou a funcionar ontem porque sites são hospedados em lugares específicos, que têm endereços de IPs, semelhantes a localizações físicas.
Até três dias atrás, o X utilizava um IP próprio, que foi bloqueado por ordem do STF. O CloudFlare então passou a hospedar a plataforma.
Além do CloudFlare, outros servidores também contribuíram para que o X voltasse a operar no Brasil: o Fastly e o EdgeUno.
O STF comunicou a notícia formalmente ao X por edital, já que a empresa não tem representante no país.
A nova suspensão e cobrança da multa são novos capítulos da “queda de braço” entre Elon Musk e o ministro Alexandre de Moraes.
Após fazer críticas ao ministro Alexandre de Moraes e ao Supremo Tribunal Federal, o bilionário Elon Musk foi incluído em inquéritos.
Meses depois, Moraes bloqueou a rede social X no Brasil sob alegação de não ter pago as multas estabelecidas nem ter indicado representante legal no país. Ao mesmo tempo, bloqueou milhões das contas do próprio X e da Starlink, outra empresa que tem Musk como sócio.
Na semana passada, o STF determinou a transferência de R$18,3 milhões de reais das contas do X e da Starlink para as contas da União. Após esse procedimento, as contas das empresas foram liberadas.
O X continua proibido de operar no Brasil.
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