Cientistas da Universidade do Novo México deram um passo importante na luta contra o Alzheimer.
O grupo desenvolveu uma vacina inovadora que ataca a proteína tau, uma das principais responsáveis pelos danos cerebrais que levam à perda de memória e ao declínio cognitivo.
Diferente dos tratamentos atuais, que apenas amenizam os sintomas, essa nova abordagem estimula o sistema imunológico a identificar e eliminar as formas tóxicas da proteína tau, que se acumulam nos neurônios e formam emaranhados neurofibrilares, uma marca clássica da doença.
Em testes realizados com camundongos geneticamente modificados para desenvolver Alzheimer, a vacina demonstrou resultados impressionantes. Segundo o estudo, publicado na revista Alzheimer's & Dementia: The Journal of the Alzheimer's Association, houve uma redução significativa no acúmulo da proteína tau.
Isso sugere que a vacina não apenas pode prevenir a progressão da doença, mas também interromper danos cerebrais já em curso. Esses achados foram reforçados por testes em primatas não humanos, conduzidos em colaboração com a Universidade da Califórnia, em Davis, que mostraram uma resposta imune robusta e duradoura.
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Cientistas estão desenvolvendo uma vacina promissora que ataca a proteína tau, uma das responsáveis pelo Alzheimer.
Diferente dos tratamentos atuais, que focam nas placas de beta-amiloide fora dos neurônios, essa vacina mira diretamente esses emaranhados dentro das células, um desafio maior, mas com chance de resultados mais eficazes.
Testes em camundongos e primatas já mostraram sucesso. Nos testes, a vacina reduziu o acúmulo da proteína tau e protegendo o cérebro.
Agora, os pesquisadores se preparam para testes em humanos, um passo decisivo que depende de mais recursos e estudos rigorosos. Se funcionar, essa vacina pode frear ou até prevenir o Alzheimer, trazendo esperança para milhões de pessoas no mundo todo.
Com a plataforma de partículas pseudovirais, já reconhecida por sua segurança e eficácia, a vacina tem um caminho promissor pela frente. No entanto, os cientistas alertam que os testes em humanos são essenciais para confirmar a segurança e a eficácia da abordagem.
O sucesso dessa vacina pode redefinir o tratamento do Alzheimer, oferecendo não apenas alívio sintomático, mas uma solução que ataca a raiz do problema.
O Brasil convive hoje com um desafio silencioso e crescente: estimativas oficiais apontam que cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem com demência, e aproximadamente 100 mil novos casos são diagnosticados a cada ano.
Mas esse número pode estar aquém da realidade. Um Relatório Nacional sobre a Demência, divulgado em setembro de 2024, revela que 8,5% da população acima de 60 anos está afetada – o que equivale a cerca de 1,8 milhão de casos, e cerca de 70% desse total correspondem ao Alzheimer.
Esses dados mostram uma provável subnotificação significativa e sugerem que o número real de pessoas com Alzheimer no Brasil possa ultrapassar 1,2 milhão, situando-se potencialmente entre 1,3 e 1,8 milhão.
Esses fármacos não interrompem o curso da doença, mas ajudam a retardar o declínio cognitivo e a preservar a funcionalidade diária, ainda que de forma limitada.
A assistência é complementada por estratégias de reabilitação multimodal:
Aprovado pela Anvisa em 22/04/2025, é um medicamento biológico que retarda a progressão do Alzheimer.
Embora aprovado em janeiro de 2023 nos Estados Unidos, o lecanemab ainda não recebeu autorização da Anvisa. Atua também na remoção de placas amilóide e desaceleração cognitiva, mas continua restrito ao uso em centros clínicos fora do país.
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