Na última quarta-feira (22 de maio de 2024), o Congresso Nacional deu mais um passo para a prorrogação das cotas raciais no serviço público. A lei vigente que prevê a reserva de vagas em 20% vence no dia 9 de junho.
Em uma sessão marcada por debates acalorados e divergências, o Senado Federal aprovou o projeto de lei que prorroga a política de cotas por mais dez anos.
O texto relatado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), ainda prevê o aumento de reserva de vagas para 30% em concursos públicos destinados a pretos, pardos, indígenas e quilombolas.
A sugestão de aumentar a porcentagem partiu do Executivo, em uma iniciativa conjunta dos Ministérios da Igualdade Racial, da Gestão e Inovação, dos Povos Indígenas e da Justiça
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que acompanhou a votação da matéria em Plenário, classificou a votação como uma “vitória”.
“Ainda temos que aprovar o projeto na Câmara. Mas essa vitória prova que as articulações feitas em torno da proposta de um serviço público com a cara do povo brasileiro foram bem-sucedidas e é a sociedade que ganha com isso”, disse.
No entanto, para o senador Rogério Marinho, líder da Oposição, a aprovação simboliza “um retrocesso que segrega e perpetua tribunais raciais”.
“Votamos contra o projeto que amplia e prorroga a lei de cotas para concursos, um retrocesso que segrega e perpetua tribunais raciais. Precisamos valorizar o mérito e a proficiência na educação, não rótulos ideológicos que só dividem nossa sociedade. A educação deve ser um real instrumento de inclusão, não uma ferramenta de segregação imposta por uma ideologia ultrapassada”, disse Marinho.
A proposta agora aguarda a Câmara dos Deputados dar andamento ao trâmite legislativo. A expectativa é que a matéria seja votada antes do fim da vigência da lei atual.




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