Oruam está no centro de uma polêmica sobre músicas que fazem apologia ao crime nas escolas
Oruam e Amanda Vettorazzo estiveram no centro de uma controvérsia envolvendo o cantor. A vereadora do União Brasil de São Paulo propôs um projeto que proíbe o Oruam de realizar show na capital. Para ela, as músicas de Oruam fazem apologia às drogas, ao crime e ao sexo:
“Quero proibir o Oruam de realizar shows em São Paulo! Apologia às dr0g4s, ao sex0 e às facções criminosas são os principais temas das músicas do rapper Oruam, filho de Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho, organização criminosa que aterroriza o Rio de Janeiro”, disse Vettorazzo.
Para a vereadora, "abriram as porteiras para que rappers e funkeiros começassem a produzir músicas endeusando criminosos e líderes de facções".
Após a denúncia, o cantor gravou um vídeo em que a chama de “doente mental” por propor a lei e usá-lo como exemplo:
“Tu vai proibir é o c**. É só não falar meu nome, se não, você vai conhecer o capeta”.
Disse ainda que “canta o que vive” e se referiu à vereadora como “idiota”.
“Quando é um playboy cantando, ninguém fala nada”, disse carioca de 24 anos, nascido no Complexo do Alemão, no Rio. Além disso, ele divulgou o perfil da cantora nas redes sociais:
“Tropa do 22, vamos dar fama pra ela”.
Amanda alega que, após o ocorrido, passou a ser ameaçada de estupro. A vereadora registrou Boletim de Ocorrência pelas ameaças. Também passou a andar escolatada 24 horas por dia por guardas municipais.
Entenda a “Lei Anti-Oruam”
A proposta conhecida como "Lei Anti-Oruam" é um projeto de lei que visa impedir a contratação de artistas que fazem apologia ao crime organizado ou ao uso de drogas em eventos públicos, especialmente aqueles destinados a crianças e adolescentes.
O projeto já está em tramitação em diversas cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia, e estipula que contratos com esses artistas sejam anulados imediatamente caso haja descumprimento, além da imposição de multas que podem chegar até 100% do valor acordado. O objetivo principal é evitar que recursos públicos sejam usados para financiar apresentações que possam influenciar negativamente o público jovem, protegendo sua dignidade e direitos fundamentais.
- O projeto recebeu o apelido de "Lei Anti-Oruam" em referência ao rapper carioca Oruam, cujo nome artístico é "Mauro" escrito ao contrário.
Ele é filho de Marcinho VP, conhecido líder do Comando Vermelho, e suas músicas frequentemente abordam temas polêmicos.
Embora o nome do artista não apareça explicitamente nos textos das propostas legislativas, ele se encontrou no centro do debate devido à sua popularidade e às críticas sobre a influência de suas letras.
O projeto tem gerado contestações, sendo considerado por alguns como uma forma de censura cultural e por outros como uma ação necessária para preservar valores sociais e proteger crianças e adolescentes.