A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi incluída, nesta quinta-feira (5), na Difusão Vermelha da Interpol, também conhecida como Alerta Vermelho.
Isso significa que as informações de Zambelli — como nome, foto, documentos e dados biométricos — ficam acessíveis para as autoridades de todos os 196 países-membros da Interpol. A parlamentar também teve passaporte, contas bancárias, redes sociais e salários bloqueados por ordem do STF.
O pedido partiu da Polícia Federal, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ocorre um dia após a parlamentar deixar o Brasil, descumprindo ordem de prisão preventiva.
Ela foi condenada a 10 anos de prisão por participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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A Difusão Vermelha é o alerta internacional mais conhecido da Interpol. O objetivo é preparar o terreno para uma possível extradição.
No caso de Zambelli, a situação se complica. Ela declarou estar na Itália e disse estar “tranquila”, afirmando que, por ter cidadania italiana, não poderia ser extraditada. Muitos países, de fato, não extraditam seus próprios cidadãos. Mas o tema já provoca discussões entre setores políticos italianos.
A Difusão Vermelha é reservada para pessoas acusadas ou condenadas por crimes graves — como homicídio, estupro, sequestro, fraude ou corrupção. Pode ser usada tanto por países que buscam prender alguém antes do julgamento quanto por aqueles que já têm sentença judicial e querem garantir o cumprimento da pena.
A Interpol só publica o alerta após revisar o pedido e garantir que ele respeita suas normas. A organização é proibida de atuar em casos de natureza política, religiosa, militar ou racial.
O aviso reúne duas informações principais:
O sistema não pode ser utilizado para crimes que envolvam costumes ou normas locais, como:
A inclusão de Zambelli na Difusão Vermelha coloca a deputada na lista de procurados internacionais. A efetividade da medida, porém, depende da resposta dos países por onde ela circula. Como a Interpol atua como um canal de cooperação, e não como autoridade policial, a decisão final sobre prisão e extradição cabe às autoridades locais.
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