Com informações do Vatican News.
Em meio à pobreza extrema, à crise de saúde e à violência que assola o Haiti, um pequeno grupo de mulheres se tornou ponto de apoio para milhares de pessoas.
Elas não ocupam cargos públicos nem têm grandes estruturas por trás. São religiosas, mas seu trabalho ultrapassa os limites da fé: são educadoras, enfermeiras, conselheiras e líderes comunitárias. E, em um país tão fragilizado, isso faz toda a diferença.
A Irmã Maria Marthe Placius vive no distrito de Croix des Bouquets, região próxima à capital Porto Príncipe. A cada manhã, enfrenta a escassez, a insegurança e o medo com um objetivo claro: oferecer o pouco que tem a quem precisa.
Na Clínica Saint Esprit, onde atua, são mais de 120 crianças atendidas com:
Não há garantia de comida todos os dias. Mas há presença. Há cuidado.
Além do trabalho na clínica, as religiosas mantêm programas educacionais em escolas e jardins de infância.
Em uma realidade onde o acesso ao ensino é privilégio de poucos, elas oferecem bolsas de estudo para crianças de baixa renda e trabalham para que as famílias valorizem a vida e a dignidade.
Por meio de brincadeiras, alfabetização e acompanhamento familiar, ajudam a construir uma cultura de paz em um país marcado pela violência.
Na Escola Marie Poussepin, as crianças aprendem mais do que a ler e escrever. Aprendem que suas vidas importam.
Mesmo com o avanço das milícias e dos sequestros no país, a Irmã Marthe optou por permanecer. Depois de um período de discernimento, ela deixou tudo para retornar ao Haiti e atuar onde a presença humana mais faz falta.
Segundo ela, a motivação não está nos resultados imediatos, mas na convicção de que pequenas ações, feitas com constância, podem transformar destinos.
“Temos medo, claro. Mas o medo não pode impedir o cuidado. Cada gesto de ajuda, cada criança alimentada, cada aula dada é uma resposta à dor que vemos diariamente.”
O trabalho das Irmãs Dominicanas da Caridade da Apresentação da Santíssima Virgem não aparece nos jornais.
No entanto, no Haiti, onde a estrutura do Estado falha em quase todas as áreas, sua atuação preenche lacunas fundamentais da saúde pública, da educação e da assistência social.
Mais do que religião, o que as move é um compromisso diário com o ser humano. E, como as irmãs afirmam: quando falta tudo, o que resta é estar presente.
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