Chegar aos 115 anos não é para qualquer um. Esse foi o tempo de vida de Elizabeth Francis.
Ela faleceu na semana passada, depois de ver com seus próprios olhos a luta pelos direitos civis, duas guerras mundiais e vinte presidentes americanos.
A moradora do Texas vivenciou duas grandes guerras mundiais, a batalha pelos direitos civis nos EUA, e viu vinte presidentes chegarem ao poder. Em entrevista, enfatizou que viveu tanto porque Deus "não teve razão para levá-la antes”.
“Eu só agradeço ao bom Deus por me manter aqui. Quem não ama não conhece Deus, porque Deus é amor”.
Quando completou 110 anos em 2019, Elizabeth chamou a data de benção de Deus:
“Ele é quem está me mantendo. É por isso que estou vivendo.”
Quando lhe pediram conselhos de vida, enfatizou sem medo:
"Se o Bom Deus deu a você, use! Fale o que pensa, não morda sua língua!".
A neta de Elizabeth, Ethel Harrison, conta que sua avó estava sempre com uma Bíblia nas mãos. Para ela, foi esse contato com Deus que a manteve viva por tantos anos.
“Ela era uma pessoa que amava as pessoas. Ela se importava com as pessoas. Mas, acima de tudo, ela amava o Senhor. Acho que isso resumiria tudo para ela”, disse.
Harrison cuidava da avó de sua mãe Dorothy Williams, que tem hoje 96 anos. A neta relembra a resposta de Elizabeth quando perguntada sobre como se sentia sendo a pessoa mais velha viva na América:
“A cada dia, eu apenas sinto que quero viver!”
Nascida em Louisiana em 1909, ela passou a maior parte de sua vida na cidade de Houston, no Texas. Durante a celebração de seu 114º aniversário, foi filmada usando uma pequena coroa e parecia radiante.
Entre os amigos, era conhecida como “Rainha Elizabeth de Houston”.
Elizabeth costumava brincar dizendo que nunca fumou ou bebeu, mas que comia de tudo.
Ela faleceu sem sofrimento em 24 de outubro de 2024 e era considerada uma supercentenária, uma pessoa que viveu até os 110 anos ou mais.
A norte-americana foi uma das 68 pessoas que atingiram a idade de 115 anos e consta na lista das 25 pessoas mais longevas da história dos Estados Unidos. Sua irmã, Bertha, também viveu mais de 100 anos, e sua filha, Dorothy, está prestes a alcançar essa marca.
Francis perdeu a mãe aos 11 anos em 1920. Foi então separada de seus cinco irmãos e levada para Galveston, Texas, onde cresceu sob os cuidados de sua tia.
Em 1928, Francis deu à luz Dorothy Williams, sua única filha, e a criou sozinha. Sua vida foi dedicada a cuidar dos outros, trabalhando em sua igreja e administrando uma cafeteria na estação de TV KTRK por mais de 20 anos.
Segundo a neta, Ethel Harrison, sua avó dedicou a vida a cuidar dos seus.
“Ela cuidou de seus irmãos, irmãs e pai. Isso fazia parte de sua vida”.
Em 1999, Francis se mudou para a casa de sua filha e neta. Lá, viveu até falecer na noite de 24 de outubro de 2024.
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Harrison lembra de sua avó como uma mulher animada e ativa, mesmo em sua velhice. Com três netos, quatro bisnetos e dois tataranetos aos 115 anos.
Aqueles que conheceram Francis geralmente atribuíam sua longevidade à sua abstinência de álcool e tabaco ao longo da vida. Quando perguntada, Francis sempre atribuía isso a Deus.
A filha de Francis agora tem 96 anos e está lidando bem com a perda, segundo Harrison. Já a neta, se diz grata pelo tempo que teve com ela.
“Não podemos ser egoístas tentando mantê-la aqui.”
A família planeja celebrar a vida de Francis no início de novembro em sua igreja, Good Hope Missionary Baptist Church, em Houston. Embora Francis tenha sobrevivido à maioria de seus amigos, o funeral será repleto de todos que a amavam.
“Vai ser uma celebração feliz. Uma celebração da vida,” disse Harrison.
Ben Myers, da organização Longevi Quest, esteve com ela em duas ocasiões. Sobre os encontros, afirmou:
“Elizabeth Francis é a avó da América. Ela é amada por sua família e comunidade e admirada mundialmente. Ao longo de seus 115 anos, ela viu muitas coisas: cresceu durante a Primeira Guerra Mundial e, apenas algumas semanas atrás, sua casa foi diretamente atingida pelo furacão Beryl. Mas nada disso parece abalar sua determinação. Sua história é mais sobre fé, força e família do que sobre longevidade.”
Recentemente, ela recebeu homenagens e reconhecimentos por sua vida.
Em seu 115º aniversário este ano, Elizabeth recebeu uma carta de Barack e Michelle Obama, que reconheceram suas contribuições e a história que ela viveu. No texto, o casal escreveu que ao longo de um século ela “criou memórias extraordinárias e entrelaçou sua própria história única na narrativa americana":
"Você faz parte de uma geração que convocou a compaixão e a força para guiar nosso país através de alguns de nossos maiores desafios e triunfos, e confiamos que você se orgulhe imensamente de tudo o que contribuiu para a nossa grande nação."
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