Cerca de 300 militantes de movimentos de esquerda ocuparam o edifício Faria Lima 3500, sede do Itaú BBA, na manhã desta quinta-feira (3).

O ato foi organizado pela Frente Povo Sem Medo, entidade ligada a movimentos como o MTST, de Guilherme Boulos (Psol).

Com faixas que diziam “O povo não vai pagar a conta”, “Chega de mamata” e “Taxação dos super-ricos já!”, os ativistas exigiam mudanças na política tributária do país.

Além dos chamados "impostos nos super ricos", as placas pediam isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil no mês.

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A escolha do local foi simbólica. A sede do Itaú, comprada por R$1,5 bilhão em janeiro de 2024. Segundo os manifestantes isso representa o contraste entre a elite financeira e a população que “luta para pagar aluguel e comer”.

A ocupação durou até por volta das 11h15, conforme informou Felipe Vono, coordenador do MTST.

Apesar de o ato ter sido protagonizado por apoiadores do presidente Lula, Vono afirmou que “a manifestação não tem vinculação com o governo”.

A Frente Povo Sem Medo também convocou uma nova manifestação para o próximo dia 10 de julho, na Avenida Paulista.

O ato foi descrito como um protesto “contra esse Congresso inimigo do povo” e contará com a participação de Guilherme Boulos (Psol-SP), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.

A ocupação desta quinta escancara a insatisfação de setores sociais com o sistema tributário — o mesmo que seus aliados no poder ajudaram a construir. Com novo protesto agendado para 10 de julho, a Frente Povo Sem Medo promete manter nas ruas um discurso que culpa os ricos, enquanto protege os verdadeiros responsáveis pela crise: os próprios políticos.

Assista ao momento da invasão

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