Em fevereiro, quando foi confrontado sobre isso, Lula disse:
"Eu, sinceramente, vou tratar da forma mais tranquila possível. Eu estou mais preocupado com o golpe de 8 de janeiro de 2023 do que com 64. Eu tinha 17 anos de idade, estava dentro da metalúrgica Independência quando aconteceu o golpe de 64. Isso já faz parte da história. Já causou o sofrimento que causou. O povo já conquistou o direito de democratizar esse país [...] Os generais que estão hoje no poder eram crianças naquele tempo. Alguns acho que não tinham nem nascido ainda naquele tempo. [...] O que eu não posso é não saber tocar a história para frente, ficar remoendo sempre, remoendo sempre, ou seja, é uma parte da história do Brasil que a gente ainda não tem todas as informações, porque tem gente desaparecida ainda, porque tem gente que pode se apurar. Mas eu, sinceramente, eu não vou ficar remoendo e eu vou tentar tocar esse país para frente.”
Históricos aliados de Lula, como o ex-ministro da justiça e advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, criticaram a decisão do presidente de ficar em silêncio sobre o tema.
Os ministros do governo foram na contra-mão e se pronunciaram sobre a data, a maioria considerando-a como um momento triste da história brasileira:
“Neste 31 de março de 2024 faço minha homenagem a todas as pessoas presas, torturadas ou que tiveram seus filhos desaparecidos e mortos na ditadura militar. Que o golpe instalado há exatos 60 anos nunca mais volte a acontecer e não seja jamais esquecido.", disse Cida Gonçalves, Ministra das Mulheres.
Outro que comentou foi Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar:
"Minha homenagem a todos que perderam a vida e a liberdade, em razão da ruptura da democracia no dia 31 de março de 1964, que levou o país a um período de trevas. Minha homenagem a Rubens Paiva, Wladimir Herzog e Manoel Fiel Filho, que lutaram pela democracia no Brasil."
O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, não fez nenhuma menção pública à 1964. Atualmente ele está em Balneário Camboriú, onde fez ato político com seus apoiadores. Também participou do evento o governador Jorginho Mello, o senador Jorge Seif e o prefeito da cidade, Fabrício Oliveira.
Historicamente, Bolsonaro sempre se pronunciou sobre a data. Esse ano, o ex-presidente pode ter evitado o tema devido às acusações que enfrenta por parte do Supremo Tribunal Federal.
A posição de Bolsonaro e Lula sobre o acontecimento histórico importa à medida que ambos são as personalidades políticas mais influentes do Brasil.
A eleição de 2022 mostrou um país dividido entre aqueles que se identificam mais com a direita ou com a esquerda. A depender do lado que a pessoa está, ela pode comprar uma narrativa ou outra sobre o mesmo acontecimento histórico.
Por isso é necessário fugir do senso comum e não esperar de políticos uma análise profunda sobre um tema que pertence ao campo da História.
É preciso buscar especialistas, pessoas que dedicaram a sua vida ao tema. E o melhor é ler e consultar autores de campos ideológicos diversos, para ter uma compreensão clara sobre o assunto.
Mas como fazer isso com temas tão complexos como 1964, Educação ou até mesmo o Comunismo?
É esse desafio que Brasil Paralelo resolveu encarar. Investigar um assunto para além de narrativas simplistas e ideológicas, entrevistando grandes professores e especialistas para falarem sobre temas relevantes à sociedade.
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