O governo brasileiro se posicionou neste domingo (22) contra a guerra militar dos Estados Unidos e de Israel que atingiu instalações nucleares no Irã.
Em nota publicada pelo Itamaraty e compartilhada pelo presidente nas redes sociais, o Brasil classificou os ataques como uma violação da soberania iraniana e das normas do direito internacional.
Segundo o comunicado, ofensivas militares direcionadas a estruturas nucleares colocam em risco a vida de civis e podem desencadear consequências ambientais de larga escala. “Ações desse tipo transgridem a Carta das Nações Unidas e diretrizes da Agência Internacional de Energia Atômica”, destacou a chancelaria.
A reação brasileira ocorre após autoridades americanas afirmarem que os bombardeios danificaram significativamente a capacidade do Irã de enriquecer urânio. E
Logo após o bombardeio, o presidente Donald Trump afirmou que a operação foi um sucesso. Em pronunciamento oficial afirmou que Estados Unidos há 40 anos e que, se não houver um acordo de país, o país liderado pelo aiatolá Lhamenei sofererá:
“Durante 40 anos, o Irã tem gritado: 'Morte à América, morte a Israel'. Eles mataram nossos cidadãos, arrancaram braços e pernas com bombas nas estradas — essa era sua especialidade.” E completou: “Decidi há muito tempo que não permitiria que isso continuasse. E não vai continuar.”
Em entrevista no Pentágono, o secretário de Defesa dos EUA afirmou que a operação foi “precisa”.
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A resposta internacional à ofensiva não se limitou ao Brasil. A Rússia condenou os ataques em tom enfático, classificando a decisão como “irresponsável” e incompatível com os princípios legais internacionais. Já a mídia estatal da China alertou que os EUA estariam repetindo os erros da Guerra do Iraque, ao intervir militarmente em uma região já marcada pela instabilidade.
O Brasil também condenou os recentes confrontos entre Irã e Israel em áreas urbanas, que vêm provocando mortes de civis e destruição de infraestrutura essencial. Após sofrer bombardeios, Teerã revidou com mísseis contra cidades israelenses, incluindo Tel Aviv e Jerusalém.
Na nota diplomática, o governo brasileiro reiterou sua defesa histórica do uso pacífico da energia nuclear e a rejeição à proliferação de armas atômicas, especialmente em zonas geopolíticas sensíveis como o Oriente Médio.
“O Brasil ressalta a urgente necessidade de solução diplomática que interrompa esse ciclo de violência e abra uma oportunidade para negociações de paz. As consequências negativas da atual escalada militar podem gerar danos irreversíveis para a paz e a estabilidade na região e no mundo e para o regime de não proliferação e desarmamento nuclear”.
O bombardeio norte-americano foi desencadeado após relatório da ONU indicar níveis elevados de enriquecimento de urânio em território iraniano — o que levou Washington e Tel Aviv a acusarem Teerã de violar os acordos nucleares. O governo iraniano nega as acusações e afirma que suas instalações têm fins exclusivamente civis.
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