Na manhã desta quinta-feira (7), senadores da oposição reuniram as 41 assinaturas necessárias para iniciar de modo formal o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
O número representa maioria simples no Senado e sinaliza que a iniciativa vem ganhando respaldo na Casa.
Por que o apoio de 41 senadores é importante?
Quarenta e um senadores é o mínimo necessário para que o pedido alcance a admissibilidade.
Essa é a primeira etapa formal do processo de impeachment, em que o Senado decide se a denúncia tem fundamentos mínimos para prosseguir. Ou seja, é nessa fase que se avalia se a acusação é séria, consistente e se respeita os critérios legais.
Embora qualquer cidadão possa apresentar a denúncia, ela só avança se existir vontade política no Senado. E é aí que entram os 41 senadores:
- 41 é a maioria absoluta dos 81 senadores, número necessário para aprovar o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) recomendando o prosseguimento da denúncia.
Sem isso, o impeachment “morre na largada”.
A partir de agora, o processo ocorrerá da seguinte forma:
- Ainda hoje o pedido deve ser protocolado por deputados de oposição;
- O presidente do Senado irá ler a denúncia em plenário;
- Se for aceita, a denúncia será enviada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para um parecer preliminar;
- O ministro do STF terá 10 dias para apresentar sua defesa.
- A CCJ emite parecer final sobre o prosseguimento.
- Se o parecer for aprovado em plenário, o ministro é afastado por até 180 dias.
- O impeachment só é confirmado com o voto de 2/3 dos senadores (54 de 81).
O presidente do Senado não é obrigado a pautar o impeachment
Segundo a Constituição, a prerrogativa de acolher o pedido é exclusiva de Alcolumbre. Isso significa que ele não é obrigado a pautar o processo de impeachment.
Há várias especulações sobre como o presidente do Senado procederá. No entanto, governistas afirmam que não existe possibilidade de o pedido ser analisado.
Segundo senador Cid Gomes (PSB-CE), Alcolumbre enfatizou, em reunião com lideranças partidárias, que "não há hipótese" de levar o pedido a voto.
Já o senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou na manhã de hoje que Alcolumbre não pautaria o projeto ainda que existam 80 assinaturas.
Parlamentares chamam o pedido de vitória institucional
Para os senadores que assinaram o pedido, a questão é essencial para que o Senado restabeleça suas funções constitucionais.
Para Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição:
"O Senado, na sua maioria, entendeu que há necessidade de abertura desse processo. É uma vitória institucional".
Na mesma linha, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que o país vive um “momento histórico”.
Um cenário em disputa
A base governista, que mantém maioria no Senado, tenta conter o avanço da proposta. Mesmo com 41 assinaturas, a disputa pelos 13 votos remanescentes para atingir os dois terços necessários na etapa decisiva, se torna ainda mais acirrada.
O pedido de impeachment contra um ministro do STF nunca teve prosseguimento, em 134 anos de história do STF.
Cabe agora acompanhar se o Senado dará andamento ao pleito apresentado pela oposição ou se manterá a postura adotada em sua relação com o Supremo Tribunal Federal ao longo da história.
Senadores a favor do impeachment de Moraes
- Alan Rick (UNIÃO–AC)
- Alessandro Vieira (MDB–SE)
- Astronauta Marcos Pontes (PL–SP)
- Carlos Portinho (PL–RJ)
- Carlos Viana (PODEMOS–MG)
- Cleitinho (REPUBLICANOS–MG)
- Damares Alves (REPUBLICANOS–DF)
- Dr. Hiran (PP-RR)
- Eduardo Girão (NOVO–CE)
- Eduardo Gomes (PL–TO)
- Efraim Filho (União-PB)
- Esperidião Amin (PP–SC)
- Flávio Bolsonaro (PL–RJ)
- Hamilton Mourão (REPUBLICANOS–RS)
- Ivete da Silveira (MDB–SC)
- Izalci Lucas (PL–DF)
- Jaime Bagattoli (PL–RO)
- Jayme Campos (UNIÃO–MT)
- Jorge Kajuru (PSB–GO)
- Jorge Seif (PL–SC)
- Laércio Oliveira (PP-SE)
- Lucas Barreto (PSD–AP)
- Luis Carlos Heinze (PP–RS)
- Magno Malta (PL–ES)
- Marcio Bittar (UNIÃO–AC)
- Margareth Buzetti (PSD–MT)
- Marcos Rogério (PL–RO)
- Marcos do Val (PODEMOS–ES)
- Mecias de Jesus (REPUBLICANOS–RR)
- Nelsinho Trad (PSD–MS)
- Oriovisto Guimarães (PODEMOS–PR)
- Plínio Valério (PSDB–AM)
- Professora Dorinha Seabra (UNIÃO–TO)
- Rogério Marinho (PL–RN)
- Sergio Moro (UNIÃO–PR)
- Styvenson Valentim (PODEMOS–RN)
- Tereza Cristina (PP–MS)
- Wellington Fagundes (PL–MT)
- Wilder Morais (PL–GO)
- Zequinha Marinho (PODEMOS–PA)
Senadores indecisos
- Ângelo Coronel (PSD–BA)
- Ciro Nogueira (PP–PI)
- Confúcio Moura (MDB–RO)
- Daniella Ribeiro (PSD–PB)
- Davi Alcolumbre (UNIÃO–AP)
- Dra. Eudócia Caldas (PL–AL)
- Eduardo Braga (MDB–AM)
- Eliziane Gama (PSD–MA)
- Fernando Dueire (MDB–PE)
- Flávio Arns (PSB–PR)
- Giordano (MDB–SP)
- Jader Barbalho (MDB–PA)
- Jussara Lima (PSD–PI)
- Mara Gabrilli (PSD–SP)
- Marcelo Castro (MDB–PI)
- Renan Calheiros (MDB–AL)
- Romário (PL–RJ)
- Soraya Thronicke (PODEMOS–MS)
- Sérgio Petecão (PSD–AC)
- Veneziano Vital do Rêgo (MDB–PB)
- Zenaide Maia (PSD–RN)










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