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Política
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IBGE: Brasil atinge menor nível de extrema pobreza nos últimos 12 anos

De acordo com a pesquisa, entre 2022 e 2023, 3,1 milhões de brasileiros deixaram a extrema pobreza, enquanto 9,5 milhões ainda enfrentam essa realidade. 8,7 milhões saíram da pobreza, mas 59 milhões permanecem assim.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
5/12/2024 11:07
Observatório do Terceiro Setor

Um número bem menor de brasileiros está vivendo na extrema pobreza. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, 9,5 milhões de pessoas vivem na extrema pobreza. Em 2022, eram 12,6 milhões. Foi o número mais baixo nos últimos 12 anos, ou seja, a série histórica.  

  • Linha da pobreza é renda mensal igual ou inferior a R$665 (aproximadamente US$6,85 por dia). Segundo o Banco Mundial, este é o mínimo para garantir a vida humana em condições mínimas de dignidade.

Estar abaixo da linha da pobreza significa viver com um rendimento insuficiente para atender às necessidades básicas, como alimentação, moradia, saúde e educação. 

Essa linha é definida de forma diferente dependendo do país ou da organização que realiza a avaliação, mas, em geral, representa o ponto em que a falta de dinheiro compromete a qualidade de vida das pessoas. Para muitos, significa enfrentar dificuldades diárias e a constante incerteza sobre o futuro, o que pode ter efeitos sérios na saúde física e mental.

O percentual de pessoas que saíram da linha da pobreza passou de 31,6% para 27,4%, também marcando o menor índice percentual desde 2012. 

8,7 milhões saíram da pobreza

Segundo o relatório do IBGE,  67,7 milhões de brasileiros estavam em situação de pobreza em 2022. Em 2023, esse número diminuiu para 59 milhões, o que significa que 8,7 milhões de pessoas deixaram de ser pobres no Brasil neste período. Foi a primeira vez na história que o número de brasileiros na extrema pobreza ficou abaixo de 5% - passou de 5,9% para 4,4%.

  • A situação de pobreza é diferente da de extrema pobreza. Extrema pobreza significa viver com menos de US$2,15 por dia ( ou seja, R$209 mensais), segundo o Banco Mundial. O padrão é seguido pelo IBGE. O Instituto considera os termos de paridade de compra de 2017, ou seja, o quanto era possível comprar com um determinado valor naquele ano.

Entenda a variação revelada pela pesquisa do IBGE.

Pobreza: 8,7 milhões de pessoas conseguiram sair da pobreza no país entre 2022 e 2023. 

O total desse grupo caiu de 67,7 milhões para 59 milhões, o menor número desde 2012. Em termos proporcionais, a taxa diminuiu de 31,6% para 27,4% da população.

Extrema pobreza: 3,1 milhões de indivíduos conseguiram deixar a extrema pobreza em 2023. Este grupo encolheu de 12,6 milhões para 9,5 milhões, atingindo o menor nível desde 2012. A redução percentual foi de 5,9% para 4,4% da população.

8,7 milhões deixaram pobreza em 2023 e extrema pobreza fica abaixo de 5%  pela 1ª vez | Brasil | Valor Econômico
Pessoas em situação de pobreza no Brasil. Fonte: Valor Econômico.

Recuo da pobreza em todas as regiões do Brasil

A região que mais registrou queda nos indicadores foi a Centro-Oeste. Segundo o IBGE, o principal motivo foi o dinamismo do mercado de trabalho da região em 2022. 

Veja quantos habitantes são impactados pela pobreza em cada região do Brasil:

Norte: 38,5%

Nordeste: 47,2%

Sul:14,8%

Sudeste: 18,4%

Centro-Oeste: 17,8%

Em relação à extrema pobreza:

Norte: 6 %

Nordeste: 9,1%

Sul: 1,7%

Sudeste: 2,5%

Centro-Oeste: 1,8%

Segundo o relatório, nas regiões de extrema pobreza, programas sociais como o Bolsa Família chegaram a significar mais de 67% da renda familiar. O trabalho em si gerou algo em torno de 27% do total da renda. 

Já nos lares das pessoas pobres, os programas sociais tiveram participação de 20,5% no total de rendimento; o trabalho, por sua vez, significou 63% de toda a renda. 

Na região Nordeste do Brasil, os programas sociais chegaram a significar 72% das rendas dos lares mais pobres. No Sul, 48%.

Gênero 

Homens e mulheres

Homens e mulheres são afetados pela pobreza e extrema pobreza em proporções diferentes

Pobreza

Mulheres: 28,4%;

Homens: 26,3%;

Mulheres: 28,4%;

Extrema pobreza

Homens: 4,3%;

Mulheres: 4,5% das mulheres 

Raça

Pobreza

Brancos: 17,7%

Pretos: 30,8%

Pardos: 35%

Extrema pobreza

Brancos: 2,6%

Pretos: 4,7%

Pardos: 6%


Os “Nem-nems” diminuíram

Um outro ponto destacado foi a redução na proporção de jovens que não estudam nem trabalham, conhecidos como 'nem-nem'. Atualmente, 10,3 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos se encontram nessas condições. A redução em relação a 2022 foi de cerca de 4%. 

Desses, 4,6 milhões (ou 45,2%) são mulheres negras ou pardas, enquanto as mulheres brancas somam 1,9 milhão (ou 18,9%). 

Homens negros ou pardos representam 2,4 milhões (23,4%) e homens brancos, 1,2 milhão (11,3%).

O IBGE aponta que os motivos para isso ocorreram devido ao aquecimento do mercado de trabalho. No último mês de outubro, a taxa recuou para a menor da série histórica, 6,2%. Isso significa que há mais vagas no mercado de trabalho.

Por outro lado, há um menor percentual de jovens nesta faixa etária na composição populacional. 

Pessoas caminham em rua no Brasil (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)
Os "nem-nems". Imagem: Paulo Pinto/ Agência Brasil.

A redução significativa da pobreza extrema e da pobreza no Brasil, conforme relatado pelo IBGE, representa um marco de progresso social e econômico no país. No entanto, o desafio persiste, especialmente na inclusão efetiva dos jovens no mercado de trabalho, um passo essencial para garantir a continuidade desse progresso. 

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