Neste domingo, 22 de junho de 2025, a paz foi brutalmente interrompida nos arredores de Damasco. Durante a liturgia da noite na Igreja Ortodoxa Grega do Profeta Elias — também chamada Igreja Mar Elias — localizada no bairro Dweila, em Damasco, um homem armado invadiu o templo, abriu fogo contra os fiéis e, em seguida, detonou um colete explosivo. O resultado foi devastador: ao menos 22 mortos e 63 feridos, segundo o Ministério da Saúde da Síria.
“Alguém entrou [na igreja] vindo de fora, carregando uma arma”, relatou uma testemunha chamada Lawrence Maamari à agência AFP.
“As pessoas tentaram detê-lo antes que ele explodisse.” Já Ziad, que estava em uma loja próxima, relatou: “Vimos fogo na igreja e restos de bancos de madeira lançados até a entrada”.
O ataque foi o primeiro atentado suicida em Damasco desde a queda de Bashar al-Assad, em dezembro de 2024, encerrando 13 anos de guerra civil.
A igreja está situada próxima ao portão Bab Sharqi, na parte oriental da antiga cidade de Damasco — uma região de relevância histórica e simbólica.
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Terrorista era membro do grupo terrorista Estado Islâmico
Segundo o Ministério do Interior sírio, o terrorista era afiliado ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI), embora o grupo ainda não tenha feito uma reivindicação oficial.
“Esses atos terroristas não impedirão os esforços do Estado sírio para alcançar a paz civil”, declarou o ministro do Interior, Anas Khattab.
Fotos e vídeos divulgados por agências internacionais revelam o cenário de destruição: altar em ruínas, bancos estilhaçados, paredes salpicadas de sangue. Informações preliminares indicam que a explosão ocorreu na entrada da igreja, o que vitimou pessoas tanto dentro quanto fora do templo.
Em nota oficial, o Patriarcado Ortodoxo Grego de Antioquia afirmou:
“A mão traiçoeira do mal agiu esta noite, ceifando nossas vidas e as vidas de nossos entes queridos, que caíram hoje como mártires durante a divina liturgia vespertina.” A instituição exigiu que as autoridades interinas sírias “assumam total responsabilidade pelo ocorrido e garantam a proteção de todos os cidadãos”.
A comunidade internacional reagiu com firmeza. O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, pediu que o povo sírio “se una para rejeitar o terrorismo, o extremismo, a incitação e o ataque a qualquer comunidade”. Já o enviado dos EUA, Tom Barrack, afirmou: “Esses atos terríveis de covardia não têm lugar no novo tecido de tolerância e inclusão que os sírios estão tentando tecer.”
A guerra provocada por ataques terroristas é explicada em detalhes em From the River to the Sea, documentário em que a Brasil Paralelo investiga a questão de modo didático e profundo. Clique aqui e assista. Para ter acesso a todos os originais Brasil Paralelo, clique aqui e se torne membro por apenas R$10.











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