Preso há mais de 20 anos, Fernandinho Beira-Mar é acusado de comandar uma quadrilha de roubo de cargas na baixada fluminense. O prejuízo estimado é de aproximadamente 4 milhões de reais.
A ação faz parte da 2ª fase da Operação Torniquete, que tenta coibir roubos, furtos e receptação de cargas e de veículos.
O relatório mostrou que os criminosos montavam emboscadas em rodovias estratégicas como a Avenida Brasil e a Rodovia Washington Luís para realizar os assaltos. O bando usava bloqueadores de sinal para evitar que a carga fosse rastreada via satélite.
Beira-Mar está atrás das grades desde 2001 e suas condenações somam mais de 300 anos de prisão. Ao todo, ele é citado em 89 processos no país.
Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão no presídio de Federal de Catanduvas, onde ele está detido desde março de 2024.

O criminoso é apontado como um dos chefes do Comando Vermelho, facção criminosa fundada nos anos 1970 em um presídio de Angra dos Reis, Rio de Janeiro.

O grupo atua em comunidades Cangulo, Rua Sete, Jardim Ana Clara e Parque das Missões, todas em Duque de Caxias.
Dois acusados foram presos em flagrante com uma moto roubada, rádios transmissores e drogas.
Lucro ou falta de oportunidade?
O caso envolvendo Fernandinho Beira-Mar é um exemplo de como a reincidência criminal desafia a justiça brasileira.
Uma tese de doutorado da PUC-MG de 2017 sugere que a estrutura social agrava a situação.
O estudo indica que o governo deve implementar políticas públicas de educação e a formação profissional dos presos. Além disso, defende o desenvolvimento de programas de ressocialização mais eficientes.
Por outro lado, o procurador de Justiça do Ministério Público do Rio, Marcelo Rocha Monteiro, explica que o problema está na sensação de impunidade. Em entrevista exclusiva ao especial A Segurança Pública um ano depois de Entre Lobos, ele disse:
“O crime é uma escolha racional. O criminoso avalia essencialmente duas coisas: quais são as chances de ser punido pela infração cometida e qual é a severidade dessa punição. Em outras palavras, ele considera a probabilidade de ser preso e as possíveis consequências legais de seus atos”.
A Brasil Paralelo ouviu especialistas em Segurança Pública para entender melhor essa situação. Em Segurança Pública um ano depois de Entre Lobos, quatro nomes que trabalham diretamente na área relatam suas experiências.
Além de Marcelo Rocha Monteiro, o especial também conta com:
- Rodrigo Pimentel, capitão veterano do BOPE, especialista em segurança pública e corroteirista do filme Tropa de Elite;
- João Henrique Martins, cientista político especializado em economia ilícita e políticas de controle do crime. Ele é o atual coordenador do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, e;
- Capitão Guilherme Muraro Derrite, deputado federal pelo PL e Secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo;
Assista gratuitamente.



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