O youtuber Felca afirmou que recebeu ameaças após publicar o vídeo "Adultização”, que expõe casos de exploração de crianças e adolescentes nas redes sociais. A declaração foi feita no programa Altas Horas, que vai ao ar neste sábado (16).
A produção, de 50 minutos, reúne denúncias contra influenciadores acusados de abusar da imagem de menores.
Entre eles está Hytalo Santos, investigado pelo Ministério Público da Paraíba. Conhecido por ostentar nas redes, ele aparece em vídeos com crianças e adolescentes que chama de “filhos”.
O influenciador contou que trabalhou por cerca de um ano coletando informações antes de gravar. O vídeo ultrapassou 40 milhões de visualizações em uma semana.
“Eu e meus amigos sabíamos o que estávamos fazendo. Era grande, tudo era esperado”, disse.
Segundo ele, parte da reação negativa veio de pessoas ligadas aos crimes denunciados.
“Existem pedófilos que se incomodaram pessoalmente por quebrar o esquema deles. Vão se sentir atacados e bater de frente. Mas quem tem que ter medo são eles, não quem denuncia.”
Felca afirmou que está preparado para críticas, processos e ameaças. “Sinceramente, quem tem que ter medo são os pedófilos.”
Na gravação, o influenciador denuncia um esquema de sexualização e “adultização” de crianças e adolescentes nas redes sociais.
O influenciador cita episódios envolvendo o conteúdo produzido por Hytalo, incluindo cenas com conotação sexual e a participação de menores em eventos e gravações voltadas para o público adulto.
O caso mais citado é o de Kamylinha, que entrou para a “Turma do Hytalo” aos 12 anos. Segundo Felca, foi exposta a apresentações e interações inadequadas para sua idade.
Ele também denunciou o algoritmo das plataformas: ao criar uma conta nova no Instagram, em poucos minutos, o sistema recomenda conteúdos com crianças em contextos sugestivos.
Nos comentários, pedófilos usam códigos como “trade” para negociar material de abuso infantil, com links para grupos no Telegram, transformando perfis infantis em pontos de encontro para criminosos.
O vídeo gerou repercussão, com menções de Nikolas Ferreira e Felipe Neto. Isso levou a investigações do Ministério Público e Conselho Tutelar contra Hytalo, além da remoção judicial das redes de Kamylinha.
Felca defende mudanças estruturais nos algoritmos, fiscalização rigorosa e punição à exploração online, afirmando que “a internet deve ser um lugar de medo para esses pedófilos”.
A participação de Vitória Reis e Victoria Marconi no podcast da Brasil Paralelo alerta para as diferentes formas de abuso e como proteger as crianças.
Além disso, outros temas relevantes são abordados na conversa, ajudando os pais a se manterem atentos e vigilantes quanto à segurança dos filhos.
O episódio completo está disponível no canal da Brasil Paralelo no YouTube.
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