Os Estados Unidos e a União Europeia oficializaram um acordo comercial considerado histórico. O acordo determina uma tarifa de 15% para a maior parte dos produtos europeus enviados ao mercado norte-americano.
A medida tem termos semelhantes aos termos do recente acordo firmado entre Washington e Tóquio e representa uma vitória política para o presidente Donald Trump — que usou a ameaça de tarifas de até 30% como estratégia de negociação.
Em troca das tarifas reduzidas, a União Europeia se comprometeu a gastar US$ 750 bilhões em energia americana, investir outros US$ 600 bilhões nos EUA e adquirir centenas de bilhões de dólares em equipamentos militares do país.
Segundo Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. “esse é provavelmente o maior pacto já fechado, no comércio ou ainda além”, afirmou Ursula von der Leyen.
A negociação foi fechada em ambiente de luxo, em um resort na Escócia, com a participação de von der Leyen.
Von der Leyen confirmou que a tarifa padrão de 15% será aplicada a produtos como automóveis, semicondutores e fármacos. No entanto, será aplicada isenção total em algumas áreas: determinados produtos químicos e medicamentos genéricos, aeronaves e peças de aviação entram com tarifa zero.
“Acordo como este traz previsibilidade em tempos instáveis. É um escudo contra turbulências econômicas e geopolíticas”, disse Von der Leyen.
A Europa chegou ao acordo sob forte pressão da Casa Branca. Trump vinha afirmando que aplicaria tarifas de até 30% caso o bloco não aceitasse condições mais favoráveis aos EUA. Embora a UE tivesse como objetivo inicial um acordo de tarifa zero entre as partes, a redução dos atuais 27,5% para 15% já foi considerada um alívio por diversos líderes europeus.
O novo acordo com a UE é parte de uma ofensiva global de Trump. Recentemente, os EUA também selaram pactos com Japão, Indonésia, Vietnã e Filipinas, todos envolvendo redução de tarifas em troca de abertura de mercados e investimentos bilionários nos EUA. A tarifa negociada com o Japão também foi fixada em 15%, após semanas de oscilações.
A Indonésia, por sua vez, eliminou tarifas sobre 99% dos produtos americanos e derrubou barreiras não tarifárias. Em troca, viu sua taxa cair de 32% para 19%, mesmo percentual aplicado à Filipinas. Já o Vietnã conseguiu firmar uma tarifa de 20%.
Trump não esconde seu objetivo: forçar acordos bilaterais com termos vantajosos para os EUA, pressionando parceiros comerciais a ceder sob risco de retaliação tarifária: "Estamos acabando com décadas de acordos ruins", afirmou em sua rede, a Truth Social.
Enquanto potências globais correm para negociar com Washington, o Brasil segue sem canal de diálogo aberto com os EUA. O país será atingido com uma tarifa de 50% sobre a maioria de seus produtos exportados, a partir de 1º de agosto.
A sobretaxa deve afetar fortemente setores como aço, alumínio e agroindústria — e especialistas temem impactos profundos nas exportações brasileiras. Até o momento, o governo Lula não conseguiu abrir negociações formais com a Casa Branca.
Conheça a lista dos países que deverão pagar taxas diferenciadas aos Estados Unidos a partir de 1º de agosto:
País Tarifa (%)
Brasil-50
Reino Unido - 10%
Japão-15%
União Europeia- 15%
Indonésia-19%
Filipinas-19%
Vietnã-20%
Moldávia-20%
Coreia-25
Cazaquistão-25
Malásia-25
Tunísia-25
Brunei-25
África do Sul-30
Bósnia e Herzegovina-30
Iraque-30
Líbia-30
Argélia -30
Sri Lanka-30
Bangladesh-35
Sérvia-35
Camboja-36
Tailândia-36
Laos-40
Mianmar-40
Brasil-50
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