Donald Trump afirmou durante seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas que irá se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O presidente americano anunciou que os dois podem se encontrar nos próximos dias.
Caso ocorra, será o primeiro encontro bilateral desde a escalada de tensões políticas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
Trump disse ter conversado com Lula antes de subir ao púlpito e destacou que ambos tiveram uma boa “química”.
“Ele parece um homem muito legal, ele gostou de mim e eu gostei dele. Eu só faço negócios com quem eu gosto, quando eu não gosto eu não gosto. Tivemos uma ótima química por pelo menos 39 segundos.”
O gesto contrasta com o clima que vinha se estabelecendo entre os dois chefes de Estado. Lula já vinha elevando o tom contra Washington.
m declarações públicas, o presidente disse que os Estados Unidos “se comportam como donos do mundo” e que “nenhuma potência pode tratar o Brasil como colônia”.
Pouco depois dessas críticas, Donald Trump anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo o presidente, a decisão era necessária para proteger a indústria e os trabalhadores americanos, argumentando que o Brasil vinha praticando políticas que desequilibravam a concorrência internacional.
O gesto marcou um contraste ainda maior com o ambiente que parecia se consolidar entre os dois chefes de Estado.
O clima recente ficou carregado não apenas pela taxação das exportações brasileiras, mas também pela adoção de sanções contra membros do Judiciário e pela aplicação da Lei Magnitsky a autoridades ligadas ao Supremo Tribunal Federal.
Trump ainda revelou que a reunião deve acontecer na próxima semana.
“Eu tenho um pouco de problema em falar isso porque eu estava entrando quando o líder do Brasil estava saindo. Eu o vi, ele me viu e nos abraçamos… Nós conversamos, tivemos uma boa conversa e concordamos em conversar na semana que vem, se for de interesse.”
Mesmo adotando inicialmente um tom amigável em relação ao presidente brasileiro, Trump afirmou que o país está “indo mal” e que, se não se alinhar aos Estados Unidos, “continuará indo mal”.
“Sinto muito em dizer isso, mas o Brasil está indo mal e continuará indo mal. Eles só deverão ir bem trabalhando conosco, sem nós eles falharão como outros falharam.”
- Veja o discurso completo de Donald Trump na ONU.



























