Prisão anunciada
Na noite desta segunda-feira (3), o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciou a prisão do primeiro suspeito envolvido no crime.
“Poucas horas depois desse crime, a Polícia Civil investigou, identificou e prendeu o primeiro covarde envolvido nesse latrocínio. Esse criminoso já havia sido preso duas vezes por roubo, adulteração de chassi e receptação. Se estivesse preso, esse crime não teria ocorrido”.
De acordo com o secretário, o suspeito preso seria o piloto da motocicleta usada na fuga. O autor do disparo que matou Beatriz ainda está foragido.
“Isso só acontece pela fragilidade da legislação. Um indivíduo que já foi preso duas vezes por roubo e receptação não deveria estar nas ruas. Vamos continuar trabalhando até que todos os envolvidos sejam presos”.
O secretário também prestou solidariedade à família.
“Queremos registrar nossos sentimentos a todos os familiares pela perda inestimável da jovem Beatriz. A Polícia Civil continuará trabalhando para colocar todos os envolvidos nesse crime bárbaro na cadeia.”
O pai da vítima, Lucas Munhos, contou que o grupo foi atraído por um golpe armado pelos criminosos.
Lucas, especialista em drones e proprietário de uma empresa de tecnologia em Sorocaba, contou que Beatriz o ajudava no trabalho e era apaixonada por radiologia, curso que estudava na faculdade.
“Eu entreguei meu celular. O namorado da minha filha estava junto comigo. A minha filha, no ímpeto de proteger o namorado, foi para cima e o bandido deu um tiro na cabeça dela na minha frente”, relatou.
Imagens e investigação
Câmeras de segurança registraram o momento do crime. As imagens mostram dois homens chegando em uma motocicleta e abordando o pai e o namorado de Beatriz.
Um deles, que usava uma bolsa térmica de entregador, desce da moto com a arma na mão e os rende. Quando o criminoso se aproxima do carro, Beatriz desce e tenta atingi-lo com spray de pimenta. O homem reage com o disparo.
Na fuga, os assaltantes deixaram para trás a bolsa térmica usada na ação. Horas depois, a polícia localizou uma motocicleta com as mesmas características e a apreendeu para perícia.
O caso é investigado pela 8ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco).
Quem era Beatriz Munhos?
Beatriz Sorrilha Munhos tinha 20 anos, era estudante de Radiologia e morava em Sorocaba. Professores a descreveram como “inteligente e proativa”.
Ela será velada e sepultada no Cemitério da Consolação, em sua cidade natal.
Nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram a morte.
A Polícia Civil continua as buscas pelo segundo envolvido, apontado como o autor do disparo que matou Beatriz. O caso foi registrado como latrocínio no 69º Distrito Policial, na Zona Leste de São Paulo.
A Secretaria da Segurança Pública informou que as equipes seguem em campo para identificar e prender todos os suspeitos.