A defesa de Jair Bolsonaro contestou as acusações da Polícia Federal de que o ex-presidente teria cogitado deixar o país.
O advogado e ex-secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten negou qualquer plano ou pedido de asilo político.
“O Presidente Jair Bolsonaro NUNCA cogitou deixar o Brasil. Como ele mesmo sempre disse, o telefone dele, bem como do seu ajudante de ordens, sempre foram ‘aeroportos de mensagens’ ou ‘muros de lamentações’, sem nenhuma opinião, muito menos adjetivação. Essa é a verdade. O resto é vazamento criminoso para dividir e constranger”.
A publicação foi feita após o anúncio de indiciamento do ex-presidente e de seu filho, Eduardo Bolsonaro. Segundo a PF, ambos tentaram obtruir a Justiça e coagir autoridades no processo sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.
Wajngarten afirmou que alguém pode ter sugerido a mudança de país naquele período, quando Bolsonaro estava em sua casa em Angra dos Reis e surgiram rumores que seu fiho, Carlos, seria alvo de operação da PF.
No entanto, negou que a sugestão tenha sido considerada de modo sério:
“Nunca ouvi falar de fuga para nenhum lugar. Nem Israel, nem Argentina. Nada. Tanto o celular dele quanto do principal ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, eram espaços onde inúmeras ideias chegavam e saíam sem nenhum juízo de valor e sem nenhuma apreciação”.
A defesa também afirmou ter recebido “com surpresa” o indiciamento de Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro pela PF.
Em nota, os advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser declararam que “jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta” e que todos os pontos levantados serão esclarecidos no prazo dado pelo relator Alexandre de Moraes.
Eduardo Bolsonaro, por sua vez, disse em nota que sua atuação nos Estados Unidos não teve como objetivo interferir em processos no Brasil.
Ele classificou como “crime absolutamente delirante” os apontamentos da PF e criticou o vazamento de mensagens privadas:
“É lamentável e vergonhoso o vazamento de conversas entre pai e filho”, afirmou.
O relatório da PF entregue ao STF afirma que Bolsonaro e o filho atuaram em conjunto para pressionar julgamentos e buscar apoio externo.
As acusações dependem da análise da Procuradoria-Geral da República para possível denúncia formal.
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