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O consumo de antidepressivos no Brasil atingiu níveis preocupantes em 2024. Os indicadores deixam claro que há uma crise crescente de saúde mental no país.Dados do Conselho Federal de Farmácia revelam um aumento de 18,6% no uso de medicamentos para saúde mental nos últimos dois anos.
O estudo foi conduzido pela empresa Sandbox e analisou 616.101 pacientes entre agosto de 2022 e agosto de 2024, mostrando que 74% dos medicamentos adquiridos eram antidepressivos.
Brasil tem a maior população depressiva da América Latina
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil como líder nas estatísticas de depressão na América Latina, com cerca de 11,5 milhões de brasileiros afetados pela doença.
Esse cenário é comprovado também por outro estudo que identificou um aumento de 12% no uso de antidepressivos entre trabalhadores brasileiros no primeiro trimestre de 2024, comparado ao mesmo período de 2023. A pesquisa foi divulgada pelo Valor Econômico.
Organizado pela Vidalink, o levantamento analisou 196.677 funcionários de 250 empresas, revelou que a faixa etária de 39 a 43 anos é a mais afetada, representando 19,8% dos usuários de antidepressivos.
Além disso, a pesquisa mostrou um aumento preocupante de 37% na aquisição desses medicamentos no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022.
Especialistas alertam para a necessidade de uma abordagem mais abrangente no tratamento da saúde mental.
Luis González, CEO da Vidalink, enfatiza a importância de as empresas adotarem uma "cultura de cuidado", que vai além do subsídio de medicamentos, incluindo incentivos a práticas de exercícios físicos e acompanhamento psicológico.
Consumo de antidepressivos disparou após pandemia de COVID-19
Uma pesquisa do instituto Statista, publicada em 2024 mostra que o uso de antidepressivos disparou após a pandemia de Covid-19.
A pesquisa apresenta dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2022. Naquele ano, o número de pessoas a cada 1.000 habitantes que tomavam ao menos um antidepressivo por dia era de:
110 nos Estados Unidos;
106 na Islândia;
89 na Austrália;
86 no Canadá;
85 na Dinamarca;
79 na Suécia;
78 em Portugal;
71 no Reino Unido;
70 na Finlândia;
70 na Bélgica;
64 na Espanha;
58 na Noruega;
51 em Luxemburgo;
50 na Eslovênia;
50 na Alemanha;
50 na França;
44 na República Tcheca;
42 nos Países Baixos;
42 na Itália;
31 na Eslováquia;
27 na Hungria;
18 na Estônia;
13 no Chile;
13 na Coreia do Sul,
Descobriu-se ainda que as mulheres são as mais afetadas por doenças emocionais, seguidas pelas pessoas que moram no Sul da Ásia ou no continente americano.
Especificamente sobre a depressão, os dados mostram que são os habitantes do sudeste asiático que sofrem mais com a doença.
O estudo não especifica quais os motivos para a alta no uso dos antidepressivos. No entanto, outra pesquisa pode dar pistas sobre isso.
Mais consciência sobre saúde mental
Um levantamento publicado em setembro de 2024 pelo portal Euronews, menciona que a pandemia de Covid-19 pode sim ter contribuído para o aumento no consumo dessas drogas nesse período.
No entanto, pesquisadores ouvidos pela reportagem apontam que a desmistificação das doenças mentais e o maior número de remédios disponíveis também podem ter a ver com o aumento.
Somado a isso estaria um maior conhecimento do assunto por parte de clínicos gerais, responsáveis por encaminhar esses pacientes para os psiquiatras.
Sendo assim, entendem que o aumento está na precisão dos diagnósticos, algo subnotificado antes.
O assunto gera tantos questionamentos que a Brasil Paralelo decidiu investigar o assunto. O resultado da pesquisa está no original A Fantástica Fábrica de Sanidade.
O documentário reúne alguns dos maiores especialistas em saúde mental do Brasil, que discutiram suas descobertas. O filme é exclusivo para membros BP. Desbloqueie seu acesso agora mesmo se ainda não têm acesso.
Assista ao trailer de A Fantástica Fábrica de Sanidade:
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