Com a desvalorização do real, os importados ficam mais caros. Isso afeta uma série de produtos, tanto direta quanto indiretamente, já que importados muitas vezes são usados em diversos setores.
Às vezes, os aumentos podem demorar para serem percebidos por toda a cadeia de produção e alguns produtos tendem a refletir a variação primeiro.
Pães e massas, por exemplo, refletem o aumento de forma rápida, já que são feitos à base de trigo, um dos produtos que o Brasil importa.
Apesar de ser o 15º produtor de trigo no mundo, a alta demanda ainda torna a importação necessária, o que faz com que o impacto da alta do dólar seja sentido rapidamente.
Quando a moeda brasileira perde valor em relação ao dólar, o preço do trigo em real sobe, o que se reflete em uma série de produtos.
Além disso, os produtores brasileiros começam a mandar seus produtos para o exterior, já que ganham em dólar e se beneficiam com a conversão.
Esse cenário faz com que a oferta diminua ainda mais enquanto a demanda pode continuar a mesma, isso faz com que os preços subam ainda mais.
Outro exemplo em que isso acontece é no caso dos combustíveis baseados em petróleo.
Apesar do Brasil ter capacidade de extrair uma quantidade igual ao utilizado no país, não tem capacidade de refino para ser autossuficiente. Isso faz com que o país compre de produtores internacionais.
Praticamente todas as negociações de petróleo são feitas com dólares, ou seja, ficam mais caras por conta da alta na moeda americana.
Os efeitos disso vão para além do posto de gasolina cobrar mais caro para abastecer carros e motos.
Quase 82% das cargas que atravessam o Brasil são transportadas por caminhões, que precisam se abastecer ao longo do caminho.
As mudanças nos preços da gasolina e do diesel tornam as viagens mais caras, o que aumenta o preço do frete.
O valor é repassado para as empresas que usam o serviço para se abastecer, praticamente todas, que repassam o aumento para as prateleiras dos mercados.
Outro fator a ser considerado é que os custos das operações de empresas se tornam mais altos e os lucros mais escassos. Isso desincentiva novas contratações e investimentos.
Para fazer uma compra no valor de US$10, com uma relação de um dólar para um real, o brasileiro precisaria investir apenas R$10.
Imaginando que a relação mudou para uma equivalência de dois reais por um dólar, a mesma compra de US$10 custa R$20 para o comprador brasileiro.
O valor internacional do produto não mudou, mas para fazer a compra os brasileiros precisam converter a moeda de acordo com o valor do real.
Esse cenário leva os brasileiros a perder o poder de compra internacionalmente.
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