Várias ruas das comunidades de São Mateus e Tomazinho, no Rio de Janeiro, foram pichadas com determinações do Comando Vermelho (CV).

A partir de agora, motoristas de aplicativo não poderão entrar nas favelas controladas pelo crime organizado.

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Há bastante tempo os criminosos controlavam a entrada de “desconhecidos” dentro das comunidades, mas permitiam que os aplicativos operassem nas proximidades.

Segundo relatos de moradores, os motoristas que se aproximam da região são ameaçados pelos criminosos.

Os traficantes dizem que veículos que descumprirem a medida se tornarão alvo e poderão ser fuzilados.

Um motociclista que trabalha em aplicativo foi brutalmente espancado por membros do CV após desobedecer a regra.

O objetivo dos criminosos com a mudança é garantir o monopólio dos transportes nas regiões.

Traficantes faturam R$ 12 milhões por mês apenas na Rocinha

Segundo informações do jornal O Globo, apenas na Rocinha, traficantes do CV chegam a  faturar em média R$12 milhões por mês, ganhando mais dinheiro com extorsões do que com a venda de drogas.

Apenas com as taxas semanais de R$150 para serviços de mototáxi e de R$930 no transporte com vans clandestinas, o grupo consegue faturar mais de R$1,5 milhão ao mês.

Além dos transportes, praticamente todos os pequenos negócios que operam na região precisam pagar taxas para não se tornarem alvos dos criminosos.

Os bandidos também vendem itens básicos como botijões de gás e televisão pirata a preços superfaturados para moradores.

Ameaças fazem com que os moradores aceitem os sobrepreços e paguem as taxas sem questionar.

Atualmente a cidade maravilhosa é dividida entre diversas facções, que se enfrentam para aumentar o controle sobre seus territórios.

A situação transformou o paraíso retratado por alguns dos maiores artistas do país em um verdadeiro campo de guerra.

A Brasil Paralelo investigou como um dos lugares mais conhecidos do país se tornou refém de facções e milícias.

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