Em entrevista ao Roda Viva, o Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que o Estado irá ampliar o programa de câmeras nos uniformes policiais.
Segundo o secretário, as câmeras foram um dos fatores essenciais para São Paulo ter tido o carnaval mais seguro de sua história em 2023. Derrite afirmou que outras câmeras do Estado serão aprimoradas para identificar placas de veículos.
Denise Dora, diretora-executiva da ONG Artigo 19, é contrária à medida. Segundo ela:
“A incorporação responde e muitas vezes tem funcionado mais como vigilância do Estado sobre a movimentação da sociedade, dos indivíduos, do que o inverso, um instrumento para conter o autoritarismo do Estado”.
Dora cita o caso da Inglaterra de câmeras na Inglaterra. Segundo ela, esse projeto possui viés racista e com probabilidade de erro em 87%.
Uma parcela da população também se preocupou com o projeto quando foi aplicado em 2020. A preocupação era de que as câmeras servissem para monitorar os policiais e impedir que criminosos fossem tratados com rigor.
Tadeu Alencar, Secretário Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, defende as câmeras:
“Ainda há resistência, mas ela é menor hoje do que era antes. São dois os motivos. O primeiro é o custo e o segundo é um pensamento de que só contempla um contexto, que é a fiscalização da ação policial. Mas o nosso entendimento é que as câmeras protegem a ação do bom policial”.
Um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) afirmou que o uso das câmeras evitou 104 mortes, redução de 57% com relação às mortes do ano passado. O estudo ainda aponta outras mudanças:
"Houve também um aumento na apreensão de armas e drogas, na produtividade policial, uma diminuição na subnotificação de crimes de menor potencial ofensivo e de violência doméstica. E não houve impacto nos indicadores criminais de roubo e homicídio, indicando que com a câmera não houve uma redução do esforço policial", afirmou o tenente Diego Almeida.
Diversas políticas sobre segurança pública são instauradas no Brasil, mas o problema continua. O brasileiro ainda vive em um dos países mais perigosos do mundo.
Para sanar essa doença, é preciso primeiro realizar o diagnóstico.
O documentário Entre Lobos, da Brasil Paralelo, entrevistou os principais especialistas no tema, trazendo pela primeira vez as verdadeiras causas da insegurança que afeta todos os brasileiros.
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