Uma trilha na Indonésia virou cenário de angústia para a família de Juliana Marins, publicitária brasileira de 26 anos.
Ela caiu de uma encosta de 300 metros enquanto percorria a trilha do vulcão Rinjani, no Sudeste Asiático.
Desde então, aguarda resgate, sem contato direto com os familiares.
Juliana estava sozinha no momento do acidente, que aconteceu na sexta-feira (20), por volta das 19h (horário de Brasília).
O paradeiro da jovem só veio à tona depois que turistas que passavam pela região usaram um drone para localizá-la e divulgaram imagens nas redes sociais.
Foi assim que a família no Brasil soube do ocorrido.
O caso mobilizou a Embaixada do Brasil em Jacarta e o Ministério das Relações Exteriores. Segundo comunicado divulgado pelas autoridades indonésias, Juliana teria recebido água, comida e agasalho de uma equipe de resgate.
Mas a versão foi contestada pela irmã da jovem, Mariana Martins:
“Recebemos, com muita preocupação e apreensão, que não é verdadeira a informação de que a equipe de resgate levou comida, água e agasalho para a Juliana. A informação que temos é que até agora não conseguiram chegar até ela, pois as cordas não tinham tamanho suficiente, além da baixa visibilidade.”
A família também denunciou que vídeos supostamente mostrando o momento do resgate seriam falsos.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, emitiu nota no domingo (22) solicitando que as autoridades indonésias reforcem as operações de resgate.
Dois funcionários da embaixada acompanham a situação diretamente em campo. A expectativa da família é que um helicóptero consiga alcançar o local ainda hoje.
Natural de Niterói (RJ), Juliana é formada em Publicidade pela UFRJ e também atua como dançarina de pole dance.
Desde fevereiro, percorre países asiáticos como Filipinas, Vietnã, Tailândia e Indonésia, registrando as viagens nas redes sociais, onde reúne cerca de 20 mil seguidores.
A trilha do vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, é considerada uma das mais exigentes da Indonésia. A subida de 2,6 km pode levar de dois a quatro dias para ser concluída, com trechos íngremes e difíceis.
No site Tripadvisor, visitantes classificam o trajeto como “extremo” e “exaustivo”.
Juliana foi vista pela última vez por volta das 17h30 do sábado (21), horário local. Desde então, nenhuma nova imagem ou sinal foi confirmado pelas autoridades.
A família segue cobrando celeridade e clareza nas informações.
Na manhã desta segunda-feira, o governo federal afirmou, em nota, que está atuando junto ao Ministério das Relações Exteriores para apoiar as operações de resgate de Juliana Marins.
Leia a nota na íntegra:
“Equipes da Agência de Busca e Salvamento da Indonésia iniciaram há pouco o terceiro dia do esforço de resgate de turista brasileira no Mount Rinjani (3.726 metros de altura), vulcão localizado na ilha de Lombok, a cerca de 1.200 km de distância de Jacarta. De acordo com informações recebidas pela equipe, a turista teria caído de um penhasco que circunda a trilha junto à cratera do vulcão.
Desde que acionada pela família da turista, a embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou as autoridades locais, no mais alto nível, o que permitiu o envio das equipes de resgate para a área do vulcão onde ocorreu a queda, em região remota, a cerca de quatro horas de distância do centro urbano mais próximo.
O embaixador do Brasil em Jacarta entrou pessoalmente em contato com o Diretor
Internacional da Agência de Busca e Salvamento e com o Diretor da Agência Nacional de Combate a Desastres da Indonésia, e tem recebido das autoridades locais os relatos sobre o andamento dos trabalhos. Dois funcionários da embaixada deslocam-se hoje (dia 22) para o local com o objetivo de acompanhar pessoalmente os esforços pelo resgate, que foi dificultado, no dia de ontem (21), por condições meteorológicas e de visibilidade adversas.
O Ministro das Relações Exteriores, em nome do governo brasileiro, também iniciou contatos de alto nível com o governo indonésio com o objetivo de pedir reforços no trabalho de buscas na cratera do Mount Rinjani”.
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