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Atualidades
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Batalha entre Rumble e Judiciário brasileiro tem novo capítulo

Plataforma acusa ministro do STF de abuso de poder. Juíza dos EUA autoriza contestação de bloqueio de perfil de direita.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
21/7/2025 13:51
Site: Latin America Bureau

A Justiça Federal da Flórida, nos Estados Unidos, autorizou a inclusão de uma nova ordem judicial brasileira no processo movido contra Alexandre de Moraes.

A decisão reacende o debate sobre os limites da atuação do Judiciário brasileiro no ambiente digital e sobre a liberdade de expressão.

Para a plataforma de vídeos Rumble, as determinações de Moraes configuram censura e violam princípios da livre expressão, além de desrespeitarem a soberania jurídica americana.

A decisão americana aprofunda o embate entre a big tech e o Judiciário do Brasil, que vem se desenrolando desde o início de 2024.

Cópias do processo foram encontradas na casa de Jair Bolsonaro

Durante a operação de busca realizada pela Polícia Federal na última sexta-feira (18), foi apreendida uma cópia impressa de uma ação movida nos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes.

O documento foi protocolado pela plataforma Rumble, com apoio do Trump Media & Technology Group, ligado ao ex-presidente norte-americano Donald Trump.

Também foram encontrados US$14 mil (cerca de R$77 mil) , R$8 mil em espécie e um pen drive, que, após perícia, foi considerado irrelevante para a investigação.

Novo episódio no conflito judicial

O despacho foi assinado nesta terça-feira (15) pela juíza Mary Scriven. Ele autoriza a inclusão, no processo, da ordem do STF que determinava o bloqueio do perfil de Rodrigo Constantino na Plataforma Rumble.

A nova petição das empresas pede que a Corte americana considere a ordem incompatível com a lei do território dos Estados Unidos.

Elas também solicitaram que autoridades brasileiras sejam impedidas de tentar executar a decisão em solo americano.

Segundo os advogados, Constantino, que obteve cidadania americana em 2024, estava apenas exercendo sua liberdade de expressão e não violava nenhuma lei.

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O que motivou a nova ordem de Moraes

Na sexta-feira (11), Moraes determinou que a Rumble bloqueasse a conta do economista em todo o Brasil. Além disso, deveria também entregar os dados cadastrais e preservar o conteúdo do perfil.

Em caso de descumprimento a plataforma estaria sujeita a pena de multa diária de R$100 mil.

A medida foi tomada dois dias após o governo dos EUA, liderado por Donald Trump, impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

Segundo a Rumble, a conta de Constantino havia publicado apenas três vídeos musicais e críticas políticas, sem incitação à violência. A empresa afirma que a decisão judicial brasileira ignora tratados internacionais e protocolos de cooperação legal.

Embate jurídico internacional

A plataforma acionou novamente a Justiça americana. Alega que a ordem viola a soberania dos Estados Unidos, promove censura extraterritorial e infringe a legislação de proteção de dados americana.

A Rumble e Trump Media acusam Moraes de abuso de autoridade e de afrontar a soberania jurídica dos EUA.

De acordo com a petição, a ordem de Moraes foi enviada por e-mail diretamente à sede da empresa na Flórida, sem passar pelos canais legais de cooperação entre os dois países.

A Rumble também sustenta que o acesso da plataforma já está bloqueado no Brasil desde fevereiro, por determinação do próprio ministro, tornando a exigência de novo bloqueio “sem sentido”.

Para as empresas, a medida buscaria obter dados de um cidadão americano fora de qualquer processo legal válido nos EUA.

Entenda o conflito entre Rumble e STF

O conflito entre a Rumble e o STF começou em 2024. Na época, o ministro Alexandre de Moraes ordenou o bloqueio da plataforma no Brasil.

A decisão foi motivada pela recusa da empresa em cumprir ordens de remoção de conteúdo. Segundo o Supremo, os materiais eram ofensivos ou criminosos.

Desde então, a Rumble tem se posicionado como vítima de censura e violação da liberdade de expressão. A empresa tem reforçado sua atuação como espaço alternativo para conteúdos conservadores.

Em 19 de fevereiro, Rumble e Trump Media entraram com uma ação civil contra Moraes na Justiça americana.

Alegam que o ministro brasileiro extrapolou seus poderes ao enviar ordens judiciais diretamente a empresas estrangeiras.

O caso ocorre em meio ao agravamento das tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. No último dia 9, Trump classificou o processo judicial contra Jair Bolsonaro como uma “caça às bruxas” e anunciou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

No domingo seguinte, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, reagiu por meio de uma carta pública:

“O STF vai julgar com base nas evidências. Se houver provas, os culpados serão responsabilizados. Se não houver, serão absolvidos.”

Barroso também defendeu a atuação do Judiciário brasileiro: “No Brasil de hoje, não se persegue ninguém. Realiza-se a justiça, com base nas provas e respeitado o contraditório.”

O ministro Moraes foi notificado formalmente sobre a ação que corre nos EUA e deve responder em até três semanas. Se não apresentar defesa, poderá ser julgado à revelia.

Para os representantes da Rumble, o processo é uma tentativa de garantir que decisões judiciais brasileiras não tenham efeito automático fora do país, especialmente quando envolvem cidadãos ou empresas protegidos por outras legislações.

Enquanto isso, o debate sobre os limites da jurisdição brasileira no ambiente digital global segue em aberto com implicações que podem ir além do caso Rumble.

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