Para o apresentador, a decisão representa um precedente preocupante no que diz respeito à liberdade artística e de expressão no Brasil.
Ele argumenta que o humor, por natureza, envolve exagero, ficção e desconforto e que, ao ser regulado judicialmente, perde sua função crítica.
“Outro argumento utilizado pela imprensa é de que ‘o humor é um passe livre para cometer crimes’, o humor não é um passe livre para cometer crimes porque o humor não comete crimes”, disse Gentili indignado com a situação.
Ele também questionou se essa limitação de “qual o limite do humor?” também vale para outras artes como novelas, músicas e filmes.
O comediante já havia se envolvido em situações semelhantes e é conhecido por defender enfaticamente a liberdade de expressão.
A decisão judicial gerou debates acalorados entre juristas, artistas e representantes da sociedade civil.
Enquanto alguns consideram a sentença uma medida de responsabilização por discursos que podem gerar discriminação, outros, como Gentili, enxergam nela um sinal de censura e de judicialização do humor.
A defesa de Léo Lins informou que recorrerá da decisão.
Em suas redes sociais, o comediante compartilhou as falas de Gentili e agradeceu. Em seu perfil, ele também compartilhou a foto da estátua da deusa Themis. Essa é a representação mítica grega da justiça, da ordem e da lei.
Léo Lins questiona se a presença dessa estátua no Palácio da Justiça seria uma ironia. Veja o post logo abaixo:
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