Rasta

Rasta é um highlander, um artista que apresenta colunas irônicas, versões textuais de seu programa Rasta News, um jornal semanal isento de notícias. Não delicadezas aqui.

Conheça um brasileirinho caricato, os Charlinhos

Este arquétipo de brasileiro gosta muito de batata e gosta muito de estudar.

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Conheça o Charlinhos

O que é um Charlinho? Charlinho é um personagem fictício criado pelo grupo de comediantes Hermes e Renato, dentro de uma série chamada Brasil Mulambo. A série conta a história de Charles Menezes, conhecido como Charlinho, o menino que só queria estudar.

Em sua jornada para chegar na escola e estudar, o Charlinho não se dá nada bem: perde um dedo para uma piranha do rio, pisa em caco de vidro, esfola-se e, ao chegar na escola, não entra, porque ela está fechada. O motivo? Greve.

Mas onde entra o arquétipo Charlinho no imaginário popular? Existe uma tara mundial que une todo o Brasil e outros países, como os EUA, em torno da tal educação.

Todo brasileiro tem aquele amigo que compartilha frases motivacionais filosóficas, fica falando que falta investimento e defende uma educação pública gratuita e de qualidade. Neste caso, ele chama de grátis aquilo que ele mesmo defende que deveria custar 10% do PIB, mais 100% dos royalties do pré-sal.

A coisa grátis mais cara deste mundo é um sinal de que aqueles que pregam a educação com tanto barulho não foram lá muito bem educados.

São incapazes de observar os custos sociais das suas ideias e querem entregar de lambuja o dinheiro suado do seu João para um “burrocrata” ficar brincando de organizar o mundo e de investir no próprio bolso.

Quanto mais dinheiro o governo destina à educação, mais departamentos, mais diretores gerais, mais ministros, mais gabinetes, mais secretarias para estar cuidando desse dinheiro, e como diria o saudoso Professor Raimundo:

“E o salário, ó…“
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A estes fetichistas chamamos de Charlinhos, ou como também foram descritos por George Charles Roche III, em seu livro Education in America, educacionistas.

Educacionista é quem confunde gastar dinheiro com sistemas educacionais com educação.

A educação dos EUA e do Brasil no rumo da bigodagem

Os EUA adentraram o século XX como uma das nações mais letradas do planeta. Quem cuidava disso eram as igrejas, associações de bairro, clubes.

Daí veio Lyndon Johnson e a famosa "guerra contra a pobreza" que terminou sendo uma "guerra de extensão da pobreza". Desta política em diante a tendência geral foi aumentar os gastos com educação.

Para se ter uma ideia, em 2019, os EUA gastaram 734 bilhões de dólares, nos âmbitos estadual e federal, o que dá aproximadamente 14,500 dólares por estudante, um pouco mais do que a Noruega gastou naquele mesmo ano.

O transeunte passeia em Nova York e nota umas escolas gigantes, com arquitetura de presídio, cheia de adesivos e chavões progressistas e um monte de jovem de calça rasgada e com aquelas cuecas aparecendo.

Diante deste cenário surge a dúvida: O que é essa tal educação?

Para mim, a educação é aquilo que situa o indivíduo no seu lugar no tempo e no espaço, como foi que ele chegou ali, quais as questões mais importantes que a humanidade discutiu até agora e a que pé elas estão.

Uma vez situado nesse contexto, você pode fazer seu recorte, sua crítica, talvez levar uma verdade mais restrita a uma mais ampla que a contemple e, talvez, adicionar algo a todo esse conhecimento acumulado.

Neste sentido, a educação é realmente o ato de libertar o indivíduo. Ela deve mostrar qual o frame, o quadro de possibilidades dentro do qual fazemos boas escolhas, com verdadeira liberdade, aprendendo as virtudes que nos libertam dos vícios - transformando o jovem padawan em um indivíduo responsável, um homem ROCHEDO.

Para o educacionista brasileiro e americano, educação é:

  • número de matriculados;
  • número de universitários;
  • e, paralelamente, (na verdade, principalmente) desenvolvimento da consciência de classe.

Ou seja, escola de formação de bigodes militantes.

O jovem estudante de hoje não é capaz de dizer nem o nome da esposa de Odisseu, mas ele já está apto a julgar toda a cultura ocidental como uma espécie de patriarcado colonizador genocida e sente-se apto a sugerir novos paradigmas, como a gente se organizar na sociedade bacanal dos macacos bonobo… Gado demais.

A educação como se encontra hoje é, na melhor das hipóteses, uma fábrica de técnicos trabalhadores com um viés progressista.

Isto apenas porque ninguém arranjou até agora alguma forma de bigodar na matemática, mas as humanas tornaram-se esse moedor de salsichas militantes que a gente vê por aí nas mais diversas associações de estudantes que não estudam. Você é estudante?

  • Você sabia? Essa ideia de moedor de salsichas militantes compõe um dos significados de uma música famosa do Pink Floyd.

Naturalmente, o Charlinho olha para a faculdade como uma garantia absoluta de progresso e ascensão, ou pelo menos é o que deveria ser, motivo pelo qual ele crê que jamais deve haver limites para se chegar à graduação prometida.

Os resultados práticos nunca são analisados. Tanto faz porque existe a certeza absoluta de que se a educação tivesse só mais 1% do PIB, certamente tudo seria diferente. Mais uma dose. Ou criar uma nova CPMF que vai dar certo.

A ideologia educacionista entrou tão profundamente no imaginário do brasileiro que se você olhar para a nossa direita tarada por esse slogan de painel empreendedor chamado meritocracia, encontraremos muitos que acreditam que a única solução para o país é a escola.

“Ah mas se a escola fosse particular, ah mas se a escola fosse sem partido, ah, se a moral e cívica voltasse para a escola”.

Ninguém se pergunta quem serão os professores, quem vai definir o currículo, quem vai ocupar os cargos necessários para o funcionamento dessa joça. De quem é a responsabilidade da educação e como raios eu vou fazer para me educar antes de sair advogando educação para o resto do mundo, desconsiderando, assim, os outros fatores necessários para que a prosperidade prospere numa nação.

Fazem isso influenciados pela influência influenciadora deste engabelamento kilingue que tem sido servido para nós desde os tempos mais primórdios, quando o coitado do Major Quaresma estava lá cheio de livros que ninguém sabia por que, porque não era doutor.

Esta visão que exclui os que estão fora da academia de qualquer papel mais relevante na melhoria do mundo, restando aos "menos educados" o papel de figurantes na vida, já que ao não receber uma educação adequada, resta a ele arranjar um empreguinho e nunca tentar fazer nada de significativo na vida.

No mundo real, essas pessoas que vivem às margens dos grandes sistemas educacionais, muitas vezes conseguem alcançar um nível de produtividade mais elevado do que a dos nossos doutores especialistas nas mais específicas e inúteis baboseiras.

A estes doutores resta o orgulho ferido ao descobrirem que são meras elites improdutivas incapazes de produzir nada além de muito chorume e lamúria.

Não se esqueçam que os bardos Chitãozinho e Xororó já disseram que: 

“Ele não cursou nenhuma faculdade, mas na vida ele foi doutor.”

Em Cuba, por exemplo, a ideologia educacionista foi capaz de alfabetizar a população rapidamente após a revolução cubana.

O povo cubano também conseguiu deixar de ter a segunda maior renda per capita da América Latina em 1961 para se tornar um dos países mais pobres das Américas.

Afinal, ensinar a ler para somente ficar fazendo o cidadão ler jornal com propaganda estatista nunca levou, nem vai levar ninguém a lugar algum.

Eu lembro de uma vez que o embaixador Jopa Velozo estava em casa fazendo uma sopinha e conversando com um colega nosso que defendia que os EUA precisam do Bernie Sanders para terem universidades gratuitas e me dizia sobre o drama do roommate dele que estava até hoje trabalhando numa birosca para pagar dívida.

Para quem não sabe, o Bernie Sanders é um velho que é uma mistura de Cristovam Buarque com Lyndon Larouche. Ele quer transformar a América numa Suécia aplicando políticas made in Caracas, é aquele cara que pra ser completamente biruta só falta um pouquinho de juízo.

Aí o Jopa perguntou:

Jopa: o que ela estudou?
Charlinho: Antropologia.
Jopa: Tá, estudou isso por que?
Charlinho: Porque ela quis.
Então o embaixador perguntou:
Jopa: Então, não basta que ela seja uma especialista num assunto cuja produtividade é tão baixa que ela é incapaz de arranjar um emprego na própria área, você ainda quer que eu pague a faculdade e financie essa boêmia?

Não. Não dá. A gente é músico, caramba. Quando você diz para o seu pai e para a sua mãe que você quer ser músico, mesmo que ele não te diga, ele por dentro vai pensar:

“Já era, meu filho vai ser vagabundo”.

É justo. É correto. Seu pai custeou você por toda a sua vida para você virar e fazer essa escolha descabida.

Não quero aqui defender que ninguém saia por aí chamando o filho de vagabundo, não é legal, nem é elegante, a minha mãezinha é uma santa por ter deixado eu pular nessa vida estragada e confiar que tolete não afunda, mas também não podemos proibir as pessoas de terem um pensamento no mínimo razoável:

“Música? Vagabundo;
Design? Vagabundo;
Antropologia? Vagabundo;
Hotelaria? Vagabundo;
Arqueologia? Vagabundo e além de vagabundo ainda é pervertido o suficiente para querer passar o dia inteiro com aquele pincelzinho na mão cavucando os ossinhos de dinossauro, ficar coletando as adaga, aquelas frexinha, tijela, se eu não exprodo a cara desse Indiana Jones.”

Mas se, nos Estados Unidos, o Charlinho passa a vida inteira estudando e termina fazendo um pós-doutorado em dança alienígena da Atlântida e se pergunta por que está com 60 anos trabalhando no Starbucks para pagar a dívida que ele contraiu no banco, pelo menos, é ele quem paga pela escolha errada.

Por sua vez, no Brasil, no que tange a chamada "educação superior", a fonte privada é menor que a americana, mas a verba pública do estado é muito maior, e o parasitismo é uma carreira completa, um projeto de vida:

  1. Você começa na escola, vai para a faculdade de sociologia e enrola uns 5 anos. Depois engata na pós, mestrado, doutorado, pós-doutorado, vai enrolando tudo que puder até chegar por volta dos seus 30, 35 anos;
  2. Quando não tiver mais para onde correr, você já começa a berrar e protestar que a sua classe não é reconhecida e valorizada pela a sociedade e pede mais uma verbinha para mamar;
  3. Daí, você pode virar pesquisador, professor, desenvolvedor de projetos sociais, diretor de ONG ou alguma outra dessas que são só uma forma ordinária e vulgar de seguir recebendo e fingindo que existe algo de produtivo naquele doutor que come miojo e é incapaz de produzir sequer um ovo frito sem queimar.

Se o Vampeta dizia, com muita justiça, que o Flamengo fingia que pagava e ele fingia que jogava, aqui temos um caso onde o Charlinho finge que estuda e depois passa a vida inteira fingindo que trabalha e quem paga a conta somos nozes.

O Brasil se transformou na música do cazuza que o cara anuncia como vai levar a vida:

“filosofia, eu quero uma pra viver, sociologia, eu quero uma pra viver, antropologia, eu quero uma pra viver, psicopedagogia, eu quero uma pra viver, eu quero uma pra viver…”

Nada disso é por acaso. Isso tudo é piorado por conta do que já observaram os grandes magos de Mont Pèlerin: os incentivos.

A lei da natureza é a seguinte: se uma pessoa ou empresa produz algo que as pessoas queiram e possam pagar, ela é recompensada com ganhos (SHOW). Se ela produz algo que as pessoas não querem ou não podem pagar, ela é punida com perdas, podendo até mesmo falir.

No sistema educacional, assim como em tudo que o governo se envolve, a lógica é o contrário. É a lógica do malandro: quanto pior você produzir, mais você pode pedir por verbas e reclamar do seu salário; por outro lado, se o seu departamento for bem sucedido em oferecer algo à população, é sinal de que podemos até cortar um pouquinho da sua verba e passar para uma outra área.

Algo de errado não está certo quando premiamos a ineficiência. Ou seja, o incentivo é você fazer o pior trabalho possível.

Não se trata de dizer que a nossa crise educacional é uma mera questão de público x privado, mas também não dá para ignorar essa questão dos incentivos.

A maioria dos Charlinhos que eu conheço eram todos atoas, maconheiros que ficavam matando aula do lado da cantina fumando cigarrinho, fitando as menininhas, arrotando cachorro quente com coca cola e batata palha.

E agora ficam postando “educação pra cá, educação pra lá.” “Ai, este é um país que não valoriza o professor”, e pedindo verba achando que vão enganar o embaixador aqui como se eu já tivesse me esquecido que:

  • o meu professor de educação física era barrigudo;
  • a minha professora de literatura falava framengo;
  • e que a minha professora de filosofia sabia menos que o professor de educação física.

Vamos parar de embuste e vamos falar a verdade: Tem professor aí que precisa ir criar porco. Uma vez que eles aprendam a criar porco, quem sabe, possam entender alguma coisa da vida para ensinar para um garoto.

Harry Browne já dizia que se resta alguma dúvida sobre o desastre da educação, pergunte aos próprios políticos. Espere o ano eleitoral, porque todo ano de eleição os políticos reaparecem para nos contar sobre como a educação brasileira é um desastre.

Aguarde e verá.

Meus amigos, esses são os Charlinhos. Essa figura escrota. Essa figura chorosa.  Essa figura esdrúxula. Quando você encontrar um por aí, enchendo o saco e palhetando uma escalinha no seu ouvido, não perca a oportunidade de saudá-lo como Charlinho.

Troféu Bigodagem

troféu-bigodagem

O Troféu Bigodagem de hoje vai para ninguém menos que Paulo Freire, o Patrono da educação brasileira.

Paulo Freire merece o nosso troféu por uma série de fatores dos quais eu quero salientar dois.

O primeiro deles é porque que se esconde em múltiplas camadas. Primeiramente, ele se esconde pelo espetáculo das citações, de ser o mais citado pensador Brasileiro.

Ser citado, por si só, não quer dizer absolutamente nada. Paulo Freire surfou na publicidade da Unesco e do Conselho Internacional de Igrejas, poderia ser o Palhaço Chocolate e não seria difícil ter várias citações, principalmente quando a gente leva em consideração aquele mecanismo da câmara de eco que eu já mostrei no Rasta News sobre Jornalismo.

Mas como o brasileiro costuma gostar muito de honrarias patifes, este dado dá uma aura de sacralidade ao nosso apóstata pai dos filisteus.

Outra camada que esconde Paulo Freire é a cambada de Charlinhos brasileiros que o defendem com unhas e dentes.

Existe uma multidão que age como se fosse um bando de kobold possuídos por um spell de ilusão de um sorcerer meia boca level 4. É o mesmo tipo de gente que desmaia quando um Guru palestrante diz algo como: "um cavalo morto é um animal sem vida" ou que compartilharia uma citação de Isaac Newton dizendo "a diferença entre a evacuação e o coito anal é meramente vetorial".

Quando você passa dessas duas camadas protetoras, você chega no encanto mesmo, que é o hermetismo freireano.

O hermetismo não é nem de longe uma invenção freireana, basta a gente dar uma olhadinha num Althusser da vida, que foi maior que Freire e encantou os jovens parisienses com abracadabras tipo esse daqui:

“Essa não é apenas sua situação em princípio, a que ocupa na hierarquia de instâncias em relação à instância determinante, na sociedade: a economia. Tampouco é a situação de fato, caso, na fase sob consideração ela seja dominante ou subordinada, mas sim a relação desta situação de fato à situação em princípio, isto é, a mesma relação que faz desta situação de fato uma variação da invariante estrutura em dominância da totalidade”.

Hein? Pelo menos a língua de Mordor era inteligível, certo?

Ash nazg durbatuluk, ash nazg gimbatul, ash nazg thrakatuluk agh burzum-ishi krimpatul.

Esse trecho do Althusser é de um panfleto chamado Pour Marx, ou seja, a favor de Marx. Isso era tudo que a juventude precisava entender na Paris de 68, quando esse tipo de bruxaria estava correndo solta.

Algo muito similar acontece com Paulo Freire, o seu trabalho mais requisitado é a tal da Pedagogia do Oprimido, e isso é tudo o que se entende dali.

O que se encontra lá é uma crítica ao que ele chama de uma "educação bancária", termo muito vago e pode ser aplicado basicamente a qualquer relação normal entre professor e aluno. 

“Você não sabe isso aqui, eu sei, então escuta e aprende”. Esta interação comum é chamada por ele de "necrófila", porque implica a supressão do aluno e a superposição do homem pelo homem, que favorece a sociedade do opressor. A tal "pedagogia do oprimido" deve ser apenas uma troca entre saberes diferentes.

Mas quando o professor for aplicar a prova de álgebra linear no menino, quem tem que mostrar que quem sabe é ele, óbvio.

Mas não, isso não é "biófilo" segundo o patrono da educação brasileira. 

Beleza, então o que é que é biófilo? A revolução:

"A revolução é biófila, é criadora de vida, ainda que, para criá-la, seja obrigada a deter vidas que proíbem a vida."

O leitor olha esse abracadabra aqui e junta o com os crés e basicamente o que está sendo dito é que se o revolucionário achar que você é contra o maravilhoso processo revolucionário ele tem o direito de te matar.

Não é nenhum segredo que Paulo Freire era admirador do genocida de Mao Tse Tung, flagelo dos pardais e da humanidade.

Essa pedagogia aí não é pedagogia nenhuma, é panfletagem, você deve sair criticando tudo e todos mesmo que você não saiba coisa nenhuma sobre nada, mas jamais pode criticar a própria pedagogia do oprimido.

Meu amigo, a maneira mais fácil de você escravizar uma pessoa mentalmente é você dizer que ela tem que ter suas próprias ideias e pensar criticamente. A pessoa vai simplesmente continuar possuída por chavões e ideias de outras pessoas sem jamais fazer a anamnese do negócio, porque para isso precisa disciplina e humildade, aquela humildade de saber que não sabe e de se orientar por quem sabe.

Mas o segundo aspecto de Paulo Freire que dá grandes ares de bigodem a este troféu é o tão famigerado método.

Todo mundo escuta falar dele, escuta falar de algumas aplicações, mas a real é que ele não é aplicado no Brasil.

  • O Brasil ocupa as últimas posições de todos os rankings educacionais internacionais. Você sabe qual o motivo disto? Para entender o problema, é necessário dar um passo para trás. Veja no documentário da Brasil Paralelo Pátria Educadora uma investigação inédita do problema atual da educação no Brasil. Clique no link para assistir.

A sombra que Paulo Freire projeta na nossa educação é a sombra da verborragia panfletária. Seus efeitos são danosos na atmosfera educacional brasileira, principalmente pela capacidade kilingue do nosso povo de macaquear e improvisar com meia dúzia de chavões, quer ver?

Eu posso inventar um aqui agora:

"É preciso que o povo oprimido seja capaz de olhar para a sua situação concreta de maneira crítica para que possa encontrar o seu verdadeiro lugar na estrutura, lugar este que, nas atuais condições, encontra-se velado por uma camada ideológica que serve às forças do opressor, cuja educação bancária irá lutar com todas as suas forças para manter."

Se eu soltar uma dessas na mesa do bar central lá em Recife, todo mundo vai concordar comigo, embora eu não tenha dito basicamente NADA.

Mas isso não é o "método Paulo freire em si." Você conhece alguém alfabetizado pelo método Paulo Freire? Quantos são grandes escritores? Quantos grandes ensaístas, dramaturgos, filósofos?

É um negócio especialmente bigodeiro esse negócio de Patrono da Educação Brasileira, a educação Brasileira está sucateada, é uma das piores do mundo.

Se ele é o Patrono e a Educação é ruim, que tipo de Patrono é ele?

“Ah, mas o método Paulo Freire não é utilizado no Brasil”. Bom, então ele não é patrono de nada e falhou quem o nomeou para tal posto.

Ele é culpado e não é culpado ao mesmo tempo, a escolha é sua, mas responsabilizado nunca será, o cara é tipo o bigode de Schrödinger.

A Paulinho, o Troféu Bigodagem.