Biografia
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Mel Gibson - vida, polêmicas e filmografia de um dos atores mais aclamados de Hollywood

Uma vida recheada de conquistas, polêmicas e redenção - saiba mais sobre Mel Gibson

Por
Lucas Brandão Pelucio
Publicado em
28/3/2025 16:09
Foto da capa por Vinnie Zuffante/Getty Images.

Poucos atores e diretores em Hollywood têm uma trajetória tão aclamada e controversa quanto Mel Gibson. De ícone da ação em Mad Max e Máquina Mortífera a diretor de sucessos épicos como Coração Valente e A Paixão de Cristo, Gibson construiu uma carreira marcada por grandes conquistas e escândalos que quase o baniram da indústria.

Nascido nos Estados Unidos e criado na Austrália, ele não apenas se destacou como um dos atores mais bem pagos do cinema, mas também se tornou um dos poucos diretores capazes de desafiar as regras de Hollywood e ainda assim alcançar bilheterias astronômicas. 

Seu filme A Paixão de Cristo arrecadou mais de 600 milhões de dólares, apesar da resistência inicial de grandes estúdios em produzi-lo. E mesmo após anos de afastamento devido a polêmicas, ele conseguiu um retorno triunfal com Até o Último Homem, indicado ao Oscar de Melhor Filme.

Além do cinema, sua vida pessoal chama atenção: ele é pai de nove filhos, possui uma ilha particular em Fiji e até financiou a construção de uma igreja católica sedevacantista (acusando os papas pós-Concílio Vaticano II de heresia). 

Polêmicas

Nem tudo foi fácil em sua jornada. Gibson enfrentou o alcoolismo, brigas com companheiras e fez declarações antissemitas que quase enterraram sua carreira.

Conheça as principais curiosidades sobre a vida e a carreira desse astro, desde seu auge como um dos maiores atores de ação até sua redenção como cineasta aclamado.

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O que você vai encontrar neste artigo?

Biografia 

Mel Columcille Gerard Gibson nasceu em 3 de janeiro de 1956, em Peekskill, Nova York, EUA. Ele é o sexto de onze filhos de Hutton Gibson e Anne Reilly. 

Seu nome reflete suas raízes irlandesas e católicas: "Mel" (líder), "Columcille" (pombo da igreja, em homenagem a São Columba), "Gerard" (guerreiro valente) e "Gibson" (brilhante promessa em tradições germânicas, também significando “filho de Gilbert”).

Durante sua infância, sua família se mudou para a Austrália, motivada, em parte, para evitar que os filhos fossem recrutados para a Guerra do Vietnã.

A indenização que trouxe bonança

A família de Mel Gibson teve uma trajetória financeira marcada por um evento decisivo. Hutton Gibson, seu pai, trabalhava como ferroviário nos Estados Unidos e sustentava uma família de 11 filhos com uma vida de classe média. 

Em 1964, um acidente de trabalho mudou tudo: ele ganhou uma indenização de cerca de US$ 145.000 em 1968 (equivalente a mais de US$ 1,2 milhão hoje), o que permitiu à família se mudar para Sydney, Austrália. 

Esse dinheiro, somado a uma vitória modesta no game show Jeopardy! (US$ 5.000, US$ 40.000,00 em valores atuais), garantiu estabilidade para comprar uma casa e se estabelecer no novo país. 

Em entrevista ao podcast de Joe Rogan, Mel Gibson disse que seu pai era muito inteligente, possuindo memória fotográfica.

Embora não fossem ricos, a indenização deu à família boas condições de vida.

Criado em Sydney, Mel estudou em colégios católicos caros antes de ingressar na National Institute of Dramatic Art (NIDA), onde desenvolveu suas habilidades de atuação. Durante sua formação, participou de várias peças de teatro e fez seu primeiro papel no cinema no filme Summer City (1977).

Uma família religiosa de uma forma peculiar

A família de Mel Gibson carregava uma religiosidade peculiar. Seu pai seguia o catolicismo sedevacantista que desafia as normas da Igreja. Hutton Gibson, pai de Mel, um rejeitava os Papas pós-1958 e via o Concílio Vaticano II como uma traição à fé. 

Para Hutton, a cadeira de São Pedro estava vaga desde a morte de Pio XII, e ele expressou essa visão em livros como Is the Pope Catholic? (1978) e The Enemy is Here! (1994), além do boletim The War Is Now!

Suas obras misturam teologia com teorias conspiratórias — ele chegou a afirmar que grande parte do que é dito sobre o Holocausto é uma mentira e a afirmar que maçons e judeus estavam por trás da mudança na Igreja.

Mel Gibson e o sedevacantismo

Mel cresceu nesse ambiente, apegado à missa tridentina e a desconfiança com o Vaticano moderno. Décadas depois, ele construiu a Igreja da Sagrada Família, na Califórnia, nos EUA, uma capela privada que celebra a liturgia tridentina e opera fora da arquidiocese local, ecoando a rejeição de Hutton às mudanças pós-1965.

Em 2025, no podcast The Joe Rogan Experience, ele sugeriu que o conclave de 1958 foi manipulado, citando a teoria de que o Cardeal Siri seria o verdadeiro papa, uma ideia alinhada às crenças de Hutton. 

A religiosidade peculiar da família não é apenas um traço do passado: ela continua a influenciar Mel, equilibrando sua devoção pessoal com uma postura que o mantém à margem do catolicismo convencional.

Ascensão ao estrelato: de "Mad Max" à Hollywood - Filmografia de Mel Gibson

Mel Gibson já havia decidido ser ator desde a adolescência, quando ingressou no National Institute of Dramatic Art (NIDA) na Austrália.

O grande marco em sua carreira veio em 1979, aos 23 anos, quando estrelou o filme Mad Max, que se tornou um fenômeno global e transformou Mel Gibson em um dos principais astros do cinema australiano. 

Com o sucesso, ele estrelou as sequências Mad Max 2 (1981) e Mad Max Além da Cúpula do Trovão (1985), consolidando sua imagem como um herói de ação.

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Mel Gibson em Mad Max
Gravação de Mad Max. Foto: American International Pictures.

Um dos atores mais bem pagos de Hollywood

Logo Hollywood abriu suas portas para ele. Em 1987, protagonizou Máquina Mortífera, ao lado de Danny Glover. O filme se tornou um dos maiores sucessos da época e gerou três sequências, tornando Gibson um dos atores mais bem pagos da indústria. 

Durante os anos 1990, ele diversificou sua carreira, atuando em filmes como O Preço de um Resgate (1996) e O Patriota (2000), além de investir na direção.

Carreira como Diretor e o Oscar por "Coração Valente"

Seu maior triunfo como diretor veio com Coração Valente (1995), filme épico sobre William Wallace, que lhe rendeu dois Oscars: Melhor Diretor e Melhor Filme. O longa se tornou um clássico e reafirmou Gibson como um talento não apenas na atuação, mas também por trás das câmeras.

Luta contra o sistema de Hollywood em A Paixão de Cristo

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